Hoje, dia 28 de Junho em Portugal: Centenas
de greves, manifestações, concentrações e plenários em
todo o país realizam-se esta quarta-feira, no âmbito do dia nacional de luta da
CGTP, para reivindicar aumentos salariais e protestar contra a subida do custo
de vida.
Na Grã-Bretanha: Os médicos residentes
rechaçam a arrocho e anunciam paralisação
Exigindo a reposição das perdas e aumento real
de salário, os médicos residentes anunciaram na sexta-feira (23) paralisação do
Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido.
Conforme a Associação Médica Britânica (BMA),
que representa 46 mil residentes, houve um brutal corte de 35% nos salários em
termos reais da categoria nos últimos 15 anos, pois o poder de compra não
acompanhou o ritmo de crescimento da inflação. Eles reivindicam que os salários
sejam restaurados aos níveis de 2008-2009.
Os residentes representam cerca de metade de
todos os médicos hospitalares ingleses e um quarto de todos os médicos que
trabalham em consultórios de clínica geral.
Convocada logo após o Serviço de Saúde marcar
o seu 75º aniversário, a greve segue uma paralisação de 72 horas realizada em
oposição à recusa do governo em apresentar uma proposta de reajuste superior a
5%. “Depois de uma paralisação de três dias de médicos residentes já neste mês,
forçando a remarcação de mais de 100 mil procedimentos e consultas (mais de 651
mil no total desde dezembro) e com enfermeiras, radiologistas e consultores –
que poderiam entrar em greve por dois dias em julho – sendo votado também, este
número está fadado a aumentar em muitos milhares mais”, assinalaram.
Os médicos reiteraram que é fundamental que o
governo esteja informado e atue com responsabilidade diante do comunicado, uma
vez que milhares de profissionais irão se ausentar por cinco dias, começando na
manhã de 13 até 18 de julho.
No Brasil: Pelo pagamento imediato do piso
salarial da enfermagem
Em mais uma votação no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o piso salarial da enfermagem, na segunda-feira (26), a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, acompanhou o voto divergente de Edson Fachin e votou para que o piso da enfermagem seja pago imediatamente.
O julgamento, que se encerra na próxima
sexta-feira (30), está empatado, com três posições divergentes. A de Weber e
Fachin defendendo o pagamento imediato do piso; a tese defendida pelo relator,
ministro Luís Roberto Barroso, e por Gilmar Mendes, que condicionam o pagamento
do piso a várias diretrizes, como por exemplo, negociação coletiva entre as
partes, “a fim de possibilitar a adequação do piso salarial à realidade dos
diferentes hospitais e entidades de saúde pelo país”; e a posição dos ministros
Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, que propõem a regionalização do piso para
celetistas.
“Não é possível que a negociação coletiva se
sobreponha à vontade do legislador constituinte e ordinário, no particular,
pois a previsão de pagamento do piso salarial está prevista pela Constituição”,
afirmou Roda Werber em seu voto.
Em Portugal: Greve dos enfermeiros nos dias
28 e 30 de Junho e médicos anunciam nova greve para 5 e 6 de Julho
No primeiro dia de greve nacional
registou-se uma adesão de 60% em todo o país. (SEP – Comunicado)
Como tal, mantém-se a greve de 30 de
junho e a concentração no mesmo dia, às 11 horas, em frente ao Ministério
da Saúde.
Continuamos a exigir:
– A valorização dos enfermeiros,
designadamente através: da reposição da
paridade salarial da Carreira de Enfermagem com as Carreiras de Técnico
Superior e outros Profissionais de Saúde; da aposentação mais cedo, como
mecanismo de compensação do risco e penosidade da profissão. – A correção de
injustiças e eliminação de discriminações dos enfermeiros: da contagem de pontos
para efeitos de progressão, nas situações de vínculo precário, interrupção de
funções, promovidos a Especialistas e Chefes até 2010 e início de funções no
2.º semestre; do pagamento dos devidos retroativos das progressões desde 2018,
como sucedeu em toda a Administração Pública; que os enfermeiros com CIT tenham
o mesmo número de dias de férias que os restantes enfermeiros. – A vinculação
definitiva dos enfermeiros em vínculo precário e a contratação de mais. Face
aos milhares de horas extraordinárias e à época de férias, é inadmissível que o
Ministério da Saúde esteja a potenciar o despedimento de enfermeiros.
A Federação Nacional dos Médicos
anunciou uma nova greve e o Sindicato Independente dos Médicos fez um “apelo
fortíssimo” ao Governo para que crie as condições para os médicos se fixaram no
SNS.
Federação dos médicos anuncia nova greve para
5 e 6 de Julho
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) anunciou uma nova greve para 5 e 6 de
Julho, alegando que o Governo continua sem apresentar uma proposta de aumentos
salariais a menos de um mês do fim das negociações. Em relação à revisão das
grelhas salariais dos médicos, a FNAM está “ainda sem nenhuma proposta concreta
por parte do Governo”, o que faz com que seja “obrigada a lançar o pré-aviso de
greve” para 5 e 6 de Julho, adiantou à agência Lusa a presidente da federação,
Joana Bordalo e Sá.
(da imprensa)
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