sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O "novo" ministro da Saúde


Foi promovido a ministro da Saúde o secretário de Estado que em Abril último, perante as imagens do descalabro das urgências dos hospitais públicos, consequência dos cortes financeiros no SNS, as atribui a propaganda feita pelos médicos afectos à oposição e… aos comunistas!

O “Público” relatava, na altura, o episódio de seguinte forma:

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) condena o “humor negro” com que o secretário de Estado adjunto da Saúde reagiu a uma reportagem de “teor indesmentível” sobre o caos nas urgências hospitalares e, numa moção, defende que Fernando Leal da Costa fez “declarações não compagináveis com a decência e o respeito exigidos pelos doentes num Estado solidário e democrático”.

A moção a que o PÚBLICO teve acesso, aprovada no sábado num congresso extraordinário da Fnam que teve lugar em Coimbra, considera que as declarações de Leal da Costa só podem “constituir uma peça de lamentável humor negro feita à custa dos cidadãos” e contrapõe que o caos nas urgências hospitalares retratado numa reportagem da TVI de 13 de Abril apenas releva “imagens bem conhecidas dos profissionais que lá trabalham e que desesperam com as condições com que diariamente se confrontam”.

Em causa está o comentário do secretário de Estado ao trabalho da TVI, que se infiltrou em urgências de 15 hospitais do país e recolheu imagens durante um mês que mostram doentes amontoados em camas e macas em espaços dimensionados para menos atendimentos e com poucos profissionais de saúde. “É uma reportagem que só vem confirmar a opinião que eu tenho, que os serviços de urgência em Portugal funcionam muito bem, é uma experiência que confirma que tem picos de afluência, como nós já sabíamos, durante a noite os serviços tendem a encher-se, durante o dia tendem a estar mais vazios, por força da própria orgânica do sistema”, reagiu Leal da Costa.

O governante contrapôs ainda o que as imagens mostravam. “O que nós vimos foram pessoas bem instaladas, bem deitadas, em macas com protecção anti queda, em macas estacionadas em locais apropriados, algumas dos quais em trânsito eventualmente para outro serviço. Vimos pessoas em camas articuladas, vimos pessoas com postos de oxigénio, vimos hospitais modernos, vimos sobretudo profissionais muito esforçados”, acrescentou. Em concreto sobre os médicos que falaram com a TVI, disse que são “reputados e reconhecidos militantes do Partido Comunista e da oposição” que não provaram o que afirmam.

Ver em Público

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Os enfermeiros foram uma das profissões que mais viram o salário diminuir

Desde Outubro de 2011, mês em que a Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público passou a publicar os dados relativos às remunerações, houve 15 grupos profissionais que viram o seu rendimento mensal aumentar.

De acordo com o jornal i foi a classe profissional dos magistrados a que mais beneficiou. Em Outubro de 2011, o salário médio mensal era de 4.332 euros, mas em Abril deste ano esse valor já havia subido para os 5.238 euros.

No caso dos políticos, o aumento desde Outubro de 2011 foi de 311,3 euros, situando-se actualmente numa média mensal de 2.052 euros.

Do grupo das profissões que mais viram o salário subir estão também os dirigentes superiores (285,6 euros), os docentes do Ensino Superior universitário (103,8 euros) e politécnico (180,8 euros), as forças de segurança (89,4 euros), entre outros de um total de 15 profissões.

Médicos perderam mais de 600 euros por mês
Em sentido oposto encontram-se os médicos, conservadores e notários e enfermeiros, que foram as profissões que mais viram o salário diminuir. Enquanto em 2011, o salário médio mensal dos médicos era de 3.981,2 euros, e baixou 671,1 euros fixando-se nos 3.311,10 euros.

A redução para os conservadores e notários foi de 297,1 euros, baixando o salário para 3.606,80 euros. Para os enfermeiros foi de 189 euros - ganham agora 1.476,40 euros.


Na lista das profissões que viram o salário ser reduzido desde 2011 figuram ainda os diplomatas (menos 171,5 euros), os técnicos de diagnóstico e terapêutica (113,4 euros), os bombeiros (79,7 euros), os trabalhadores do Fisco (54,8 euros), os oficiais dos registos e notariado (47,9), entre outros.

Retirado daqui

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

No centro hospitalar de Gaia foram identificados 30 doentes portadores da bactéria multirresistente, oito dos quais morreram

A bactéria multirresistente do hospital de Gaia terá surgido em consequência do uso de antibióticos, é de rápida disseminação, transmite-se pelo toque, sobrevive na pele e no meio ambiente e desconhece-se a sua durabilidade, explicou fonte hospitalar.

“Não há período de incubação, ninguém sabe ao certo o período que [um paciente] se mantém colonizado [com a bactéria], há quem diga que é toda a vida e há estudos que dizem que é intermitente”, explicou à Lusa a coordenadora do Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infecção e Resistência aos Antimicrobiano do Centro Hospitalar Gaia/Espinho.

Margarida Mota, responsável pelo controlo do tratamento antimicrobiano dos pacientes portadores da bactéria Klebsiella Pneumoniae do hospital de Gaia, referiu ser por isso mesmo que as recomendações vão no sentido de “perante um doente positivo, o melhor é considerá-lo positivo para o resto da vida”. 

Os próprios familiares dos doentes portadores que já regressaram a casa receberam recomendações de “lavagem de mãos sempre que contactam com o doente”, tal como “o doente tem indicação de lavagem de mãos sempre que vai à casa de banho e sempre que procede à sua higienização”. 
No centro hospitalar de Gaia foram identificados 30 doentes portadores da bactéria multirresistente, oito dos quais morreram sem que a causa possa ser atribuída directamente à infecção e nove já tiveram alta. 

“Aquela que suspeitamos que tenha sido a origem deste surto foi uma doente que estava internada com uma complicação pós-operatória na cirurgia. E chegámos a esta conclusão porque o primeiro caso era um doente que tinha sido admitido há pouco tempo” e partilhou a mesma unidade de pós-operatório, explicou a responsável. 

Perante o quadro, o hospital considera ser muito provável que a bactéria se tenha desenvolvido como “efeito colateral da terapêutica com antibióticos” ministrada à primeira paciente que já estava internada há cerca de 50 dias e que já “tinha feito vários ciclos de antibióticos”. 

Os dois doentes partilharam a unidade de pós-operatório no dia 29 de Julho e o primeiro caso foi notificado a 07 de Agosto, mas os restantes contaminados só começaram a ser isolados na última semana de Agosto. 

“Tivemos que desencadear procedimentos para caracterizar essa bactéria [o] que nos levou algum tempo porque não tínhamos técnicas para efectuar isso. Tivemos que adquirir técnicas e kits para classificar e foi quando verificámos que estávamos perante uma bactéria Klebsiella”, referiu. 
Foi também no final de Agosto que o hospital arrancou com os rastreios e análise do percurso de outros pacientes que começaram a apresentar sinais da “superbactéria”, tendo o último doente sido identificado no rastreio efectuado na passada sexta-feira. 

Margarida Mota prevê que possam surgir “mais três ou quatro” doentes portadores da bactéria mas salientou que “numa equivalência à gripe podemos dizer que já atingimos o pico na semana passada e esta semana estamos a zero”.

Quanto aos 13 doentes ainda internados e portadores da bactéria, a sua saída “depende do quadro clínico, da doença que motivou o seu internamento e das condições sociais em que vivem”.
Lusa

domingo, 11 de outubro de 2015

Portugal é o país europeu com mais casos de ansiedade

                                                                                     "Ansiedade" -  Edvard Munch

Portugal é um dos países da Europa com maior percentagem de população com doenças do foro da ansiedade, que afecta 16,5% das pessoas, segundo a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.

No Dia Mundial da Saúde Mental, que hoje se assinala, a Sociedade de Psiquiatria lembra que, quando a ansiedade se torna crónica, passa a ser considerada uma doença mental.

Quando interfere de forma definitiva na vida emocional e familiar ou profissional e social, significa que a pessoa está doente e deve ser tratada, defendem os especialistas.

Segundo dados de 2013 de um estudo epidemiológico da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, a ansiedade afecta 16,5 por cento da população portuguesa, sendo a doença mental mais prevalente.

Em Portugal é nos mais jovens, entre os 18 e os 34 anos, que se verifica maior prevalência da doença mental, estimando-se que cerca de metade tenham pelo menos uma perturbação psiquiátrica.

Nos jovens e jovens adultos, as perturbações ansiosas, as afectivas e o abuso de álcool são as mais frequentes.

Este ano, para o Dia da Saúde Mental foi escolhido o tema “Dignidade na Saúde Mental”, com o objectivo de sensibilizar os cidadãos e os profissionais de saúde para esta questão, a par do combate ao estigma associado às doenças mentais.

Lusa/Jornal i

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