quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Cuidadores Informais: Carta aberta para Exma. Sra. Ministra da Saúde

 


«Leiam e partilhem

Carta aberta para 

Exma. Sra. Ministra da Saúde

Marta Temido

Sou Cuidadora Informal dos meus dois pais. Ambos com 70 anos; ambos com 80% de incapacidade e várias comorbilidades associadas.

Vivo em Coimbra e, tal como no resto do país, vivo o pânico de saber que os Cuidados Intensivos se encontram em ruptura e que os Profissionais de Saúde estão perante a impossível tarefa de ter que escolher quem salvam… Quem vive e quem morre.

Perante este cenário, sabemos todos que a esperança média de vida, as patologias de cada um, serão dados a ter em conta num cenário em que a ética é relativa e que a moral será algo que só a consciência de cada profissional lhe cobrará (quiçá sem o apoio devido!), num futuro próximo.

No entanto e, apesar de sabermos que nos encontramos numa situação pandémica imprevisível, não posso admitir que haja a relativização, da parte dos nossos governantes, de uma situação que também tem que ser assumida por um estado social de representação democrática.

Hoje, tive conhecimento que, no Hospital dos Covões, que está a dar apoio à situação Covid-19 na minha cidade, o pai de uma amiga, com 76 anos, deu entrada infectado. Foi comunicado à família e ao próprio doente que, no caso de necessitar, não seria transferido para os Cuidados Intensivos. Assim, familiares e o dito cidadão, aguardam a evolução da doença, sabendo que, em caso de piora, está condenado.

Como Cuidadora Informal e activista dos direitos dos Cuidadores Informais e dos Cuidados em Portugal, tenho-me mantido Informada, quer através de notícias, quer directamente com jornalistas e responsáveis associativos nas diversas áreas de saúde.

Foi comunicado ao estado de forma atempada que, o grande problema que vivemos não é apenas logístico (falta de camas e ventiladores) mas, também, falta de profissionais de saúde com formação especifica em Cuidados Intensivos.

Assim, ao manter o esforço continuo focado em hospitais de campanha; comunicando esses números à população, os governantes estão a dar uma falsa noção de segurança, sabendo que não há quem possa acompanhar os novos infectados.

A ordem dos Médicos já fez declarações neste sentido, tendo aliás, pedido o fecho das escolas para que não houvesse o risco de disseminação da doença. Réplica que aliás, foi sendo rejeitada até às vésperas desta missiva.

Foi, também, oferecida ajuda internacional da parte do Luxemburgo na pessoa da ministra da Saúde Paulette Lenert, que se demonstrou disponível para receber doentes Covid oriundos de Portugal, bastando para isso que esse pedido seja formalizado.

Portugal, até à data rejeitou.

Necessitamos de importar profissionais de saúde com a máxima urgência e aceitar o auxilio que nos está a ser oferecido.

Como Cuidadora Informal, junto a minha voz à de muitos que estão a ver os seus familiares a serem escolhidos para morrer, não pelos profissionais de saúde que, com prejuízo da própria segurança e sanidade mental tomam decisões e têm que as assumir sem apoio Estatal.

Aponto o dedo à falta de acção de quem de direito, declarando, desde já que, no caso de acontecer uma destas situações a um dos meus Cuidados, levarei o caso às ultimas instâncias, responsabilizando o Estado Português por negligenciar as necessidades dos seus cidadãos em detrimento de tomadas de acção que se encontram, no momento disponibilizadas por terceiros.

Rita Joana Pinheiro Maia

23.01.2021

Coimbra»

Em: https://www.facebook.com/ritajoana.pinheiromaia/posts/4921316151273924

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Covid-19: O Holocausto... dos nossos velhos

 

As notícias transmitidas pelos grandes órgãos de comunicação social são aterradoras, desde o número de pessoas infectadas pelo coronavírus (numa linguagem não médica, dizem “por covid-19”, é a doença que infecta e não o agente infecciosos!), ao crescente aumento do número diário de infectados (todos tidos como doentes) e de novos internamentos em enfermarias e unidades de cuidados intensivos ao caos existente nos hospitais do SNS, nomeadamente serviços de urgência, que estarão no seu limite e em quase ruptura. Assinale-se que “caos”, “ruptura”, “morte” e “exaustão” (dos profissionais de saúde do SNS) serão das palavras mais ouvidas e escritas na imprensa neste mês de Janeiro.

As palavras são marteladas constantemente, de forma enfática e alarmista, não deixando de causar o pânico, o que contrasta com a calma e a obediência que é pedida aos cidadãos portugueses. É o massacre para a ansiedade e medo que, como se sabe, são os piores inimigos da racionalidade, de pensar a frio, da melhor forma de se responder a uma calamidade ou situação de excepção que de repente surge. A ideia parece ser essa: uma mentira repetida passa a verdade (Joseph Goebbels) e o medo faz aceitar toda a medida que se queira impôr, para prejuízo do visado, e o impeça de confrontar os números e realidade.

Ora, vejamos e comecemos pelo número de infectados (21 de Janeiro de 2021): “595.149 casos de infeção confirmados”, partindo do princípio que as pessoas que apresentaram teste PCR+ (820 mil testes feitos em Janeiro, enquanto que em Março se faziam 800 por dia!) estão na verdade infectadas, e assim potenciais contagiantes e mesmo doentes, e que a percentagem de falsos positivos é insignificante. Então, considerando o número de mortes, 9.686, e fazendo as contas, dará uma taxa de mortalidade de 1,627 %. Como se pode confirmar pelos números, e estes não enganam neste caso porque até são oficiais, constam dos boletins da DGS, esta virose mata pouca gente. Será uma "pandemia" apenas no nome.

Claro que morrem pessoas, o que será sempre um facto para lamentar, as pessoas, independentemente do estrato social, são um bem insubstituível; mas um facto também incontornável, todos morrem, aliás, todos nós morremos. Mas quem é que morre? É coisa que a DGS diz mas quase que esconde e os órgãos de comunicação não dizem, ou raramente dizem, e as pessoas, intimidadas pelo medo, não procuram para melhor se elucidarem: das 9.686 mortes (dados Boletim DGS, dia 21/01/2021), 6.525 (68,365%) tinham mais de 80 anos, se incluirmos as pessoas do grupo etário 70-79 anos (1975 – 20,390%), teremos 88,775% de mortes por covid-19. Constata-se que esta doença é perigosa para os idosos com mais de 70 anos.

Se completarmos a análise do número de mortes, chegaremos à conclusão que esta doença deixa de ser tão grave para as pessoas com menos de 70 anos, isto é, pessoas com 69 anos ou menos (11,245%). Ainda no grupo etário 60-69 anos, as mortes são 809 (8,352%), que somando às dos grupos etários anteriores dá um total de 9.309 mortes com mais de 6o anos (97,107%). Ou seja, pessoas como menos de 60 anos, teremos 377 mortes, o que representa uns 3,892 % de número total de mortes por covid-19. Como se pode ver, e se descermos nas faixas etárias, a virose mata muito pouca gente: grupo 40-49, 86 mortes; 30-39, 24 mortes; 20-29, 8 mortes; menos de vinte anos, 3. Entre os jovens com menos de trinta anos, são 11 mortes. Comparando estes números com a pandemia de há 100 anos, a pneumónica, que dizimou cerca de 200 mil pessoas, numa população de cerca de 6 milhões, e cuja razia se fez sentir principalmente nas faixas etárias abaixo dos 30 anos, pode-se afirmar, sem demagogias nem negacionismos, que estamos perante uma falsa pandemia. Antes, uma epidemia que mata os mais idosos. E se nos primeiros 20 dias do ano, o número de mortes aumentou, um excesso de mortalidade de 2.174 mortes por covid e 2.409 por doenças não covid, deve-se ao facto do grupo mais vulnerável dos mais idosos continuar à mercê da epidemia, mas sobretudo devido ao encerramento do SNS, incluindo as urgências prioritárias, a mando do governo. Foi pior a emenda que o soneto!

Os órgãos de informação, funcionando como caixa de ressonância do governo, e este, por sua vez, cumprindo as regras emanadas de Bruxelas, numa conspícua sintonia com os restantes países da União Europeia, não se cansam de apontar as batarias sobre o Serviço Nacional de Saúde. Este estará em ruptura, em saturação máxima, como se pretende comprovar pelas filas de ambulâncias estacionadas à porta de algumas urgências e pela ocupação no limite das camas em enfermarias para doentes covid e das UCI; e, para compor o ramo, os profissionais de saúde ((SNS) “estão em exaustão e em sofrimento ético”. Contudo, esta mesma imprensa quase não fala dos cerca de 6.000 lares existentes no país, dos quais mais de metade, 3.500, são ilegais; que estes, tal como os restantes, não possuem o mínimo de condições para tratar dos nosso idosos. Escondem que os idosos institucionalizados nos lares, e na maioria pessoas pobres, são os ocupantes das ambulâncias que vão esperando em fila devido à morosidade do processo de triagem e do número insuficiente de enfermeiros e outros profissionais de saúde – este sim o principal recurso que o governo desprezou. Se há médicos em “exaustão e em sofrimento ético” é porque, acumulando o público com o privado, não conseguem dar vazão a tanto serviço e, ainda por cima, com alguns deles (incluindo falsos epidemiologistas, não há nenhum inscrito na Ordem dos Médicos!) a agitar vaidades e promoções pessoais nas televisões a toda a hora e em todos os dias.

A nossa inefável imprensa, paga por 15 milhões de euros a pretexto de compra de publicidade institucional ao governo (6 milhões só do Ministério da Saúde), ocupada em lançar o medo e a ansiedade sobre as pessoas, não alerta para o facto de que no país há mais de 297.538 idosos (dados de 2017) com 85 e mais anos, o que corresponde a cerca de 3% da população e que esse número duplicou em apenas duas décadas, ou que o número de idosos, com mais de 65 anos, passará de 2,2 milhões (22,8% da população). Não interessa dizer que são estes nossos idosos que estão a sofrer mais com os confinamentos impostos pelo governo, sem poderem sair nem receber visitas, e que, em princípio, nem se compreenderia que sejam dos cidadãos mais infectados (o caso das monjas de Campo Maior infectadas nem merece comentários!), derrubando por si só a eficácia das medidas restritivas, de tipo militar. E que o governo agora quer apertar ainda mais ao convocar os polícias em pré-reforma para uma vigilância mais apertada de todo o cidadão confinado, uma forma tosca de iludir as suas responsabilidades por falta de medidas sanitárias adequadas. A culpa será sempre do povo, no caso, dos idosos que estão a mais. E porque é que o governo não dá os números dos idosos que morrem nos lares?

Uma das medidas que o governo poderia já ter feito, porque houve mais que tempo desde que foi constituído, é a criação de uma rede pública de lares, com todas as condições, quer em instalações quer em recursos materiais e humanos. E mais, acabar com os lares ilegais e fiscalizar todos os restantes que, por óbvia falta de medidas para impedir a contaminação dos idosos que se encontram à sua guarda, a preço de hotel de cinco estrelas em muitas das vezes, também são responsáveis pelas mortes. O governo nada fez e as administrações dos lares, especialmente dos que se encontram sob a tutela das Misericórdias da Igreja Católica, à espera que o governo se chegasse à frente, nada fizeram quanto a contratação de pessoal, melhoria dos salários, porque sem salários dignos e reconhecimento humano jamais haverá pessoal suficiente e motivado, nem quanto a equipamento de pretecção individual, em qualidade e em quantidade, e nem em melhoria das condições quanto a higiene, regras de assépsia e alimentação. Pela simples razão de que todos têm visto nos idosos apenas um negócio rentável, mas devido à crise económica, que se arrasta há mais de 10 anos, alguns negócios irão sofrer as consequências, e este parece ser um deles na justa medida em que os custos de manutenção estão a ser elevados.

Neste ponto, a imprensa corporativa tem alguma razão: há um holocausto, mas um holocausto deliberado dos nossos idosos. A razão é também óbvia: é gente velha, improdutiva e representa uma despesa onerosa que irá estragar o negócio que se avizinha da privatização da segurança social e da saúde – esta com a destruição completa do SNS – daí a azáfama das televisões e jornais em demonstrar que o SNS estoirou. Só que se esquecem de uma coisa: tal como o vírus, se matar o hospedeiro, não conseguirá replicar-se, se matarem o SNS o privado também não sobreviverá.

Nota: em visita recente (ontem) ao CHUC, Bloco Central, notamos que as enfermarias dedicadas à covid-9 não estavam cheias, uma delas tinha metade das camas vazias, a UCI do piso -3 tinha seis vagas, a do Piso 1 disseram-nos que tinha vagas, o colega não sabia quantas, e a UCI das Urgências não houve possibilidade de confirmar, mas as urgências estavam calmas, tinham poucos doentes, e à porta só havia uma ambulância a largar uma doente que tinha dificuldade em locomover-se. Não vimos nenhuma televisão por perto!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Não há prova de que os confinamentos façam diminuir os contágios pelo coronavírus, bem pelo contrário

É o que diz o estudo da Universidade de Stanford, Califórnia-EUA. Em Global Research:

«Estudo revisto por pares "Não encontrou evidências" dos confinamentos serem eficazes na interrupção da propagação de COVID

Os liberais podem argumentar com a Fox News ou mesmo com os políticos republicanos. Mas o que acontece quando um estudo revisto por pares sai de uma de suas cobiçadas e prestigiosas universidades na Califórnia, mostrando potencialmente que sua reação coletiva à Covid pode ter sido completamente inútil e, como resultado, pode ter causado excepcionalmente mais mal do que bem?

Nesse sentido, parece uma boa ideia apontar que um novo estudo revisto por pares de Stanford está questionando a eficácia dos confinamentos e pedidos de permanência em casa - que chama de NPIs (non-pharmaceutical interventions), ou intervenções não farmacêuticas, para combater a Covid -19. O principal autor do estudo é um professor associado do Departamento de Medicina de Stanford.

“O estudo não encontrou evidências que sustentassem que os NPIs eram eficazes na prevenção da propagação”, de acordo com Outkick, que publicou o relatório.

O estudo é dos coautores Dr. Eran Bendavid, Professor John P.A. Ioannidis, Christopher Oh e Jay Bhattacharya, que estudaram os efeitos dos NPIs em 10 países diferentes, incluindo Inglaterra, França, Alemanha e Itália.

E, quando tudo foi dito e feito, concluiu que: “Em resumo, não conseguimos encontrar evidências fortes que apoiem um papel para NPIs mais restritivos no controle de COVID no início de 2020”.

Na verdade, o estudo não encontrou “nenhum efeito benéfico claro e significativo de NPIs mais restritivos no crescimento de casos em qualquer país”.

Do estudo:

“Na estrutura desta análise, não há evidências de que intervenções não farmacêuticas mais restritivas (“lockdowns”) contribuíram substancialmente para dobrar a curva de novos casos na Inglaterra, França, Alemanha, Irão, Itália, Holanda, Espanha ou os Estados Unidos no início de 2020. Ao comparar a eficácia dos NPIs nas taxas de crescimento de casos em países que implementaram medidas mais restritivas com aqueles que implementaram medidas menos restritivas, a evidência afasta-se de que NPIs mais restritivos forneceram benefícios adicionais significativos acima e além de menos NPIs restritivos. Embora diminuições modestas no crescimento diário (abaixo de 30%) não possam ser excluídas em alguns países, a possibilidade de grandes diminuições no crescimento diário devido a NPIs mais restritivos é incompatível com os dados acumulados. ”

O estudo até analisou o potencial de pedidos de estadia em casa, facilitando a propagação do vírus:

“A direcção do tamanho do efeito na maioria dos cenários aponta para um aumento na taxa de crescimento do caso, embora essas estimativas só sejam distinguíveis de zero na Espanha (consistente com o efeito não benéfico dos bloqueios). Apenas no Irão as estimativas apontam consistentemente na direção de uma redução adicional na taxa de crescimento, embora esses efeitos sejam estatisticamente indistinguíveis de zero. Embora seja difícil tirar conclusões firmes dessas estimativas, elas são consistentes com uma análise recente que identificou aumento de transmissão e de casos em Hunan, China, durante o período de pedidos para ficar em casa devido ao aumento da densidade e transmissão intra-domiciliar. Em outras palavras, é possível que as ordens para ficar em casa possam facilitar a transmissão se aumentarem o contacto pessoa a pessoa onde a transmissão é eficiente, como espaços fechados. ”

Continua:

“Não questionamos o papel de todas as intervenções de saúde pública ou das comunicações coordenadas sobre a epidemia, mas não encontramos um benefício adicional de pedidos de permanência em casa e fechamento de negócios. Os dados não podem excluir totalmente a possibilidade de alguns benefícios. No entanto, mesmo que existam, esses benefícios podem não corresponder aos numerosos danos dessas medidas agressivas. Intervenções de saúde pública mais direcionadas que reduzam mais efetivamente as transmissões podem ser importantes para o controle futuro da epidemia, sem os danos de medidas altamente restritivas.”

(Tradução livre)

Peer-Reviewed Study “Did Not Find Evidence” Lockdowns Were Effective in Stopping COVID Spread

Pelo menos 23 pessoas morreram na Noruega após receberem vacina Pfizer/BioNTech

 

Agência Norueguesa de Medicamentos comunicou que 23 idosos de mais de 80 anos morreram após serem inoculados com a vacina das farmacêuticas Pfizer e BioNTech contra a COVID-19.

Todos os 23 casos fatais foram registrados em conexão com a vacina, sendo que 13 já foram estudados.

Apesar dos óbitos, o representante da agência, Steinar Madsen, minimizou o quadro, dizendo:

"Estes casos não geram preocupação especial. É completamente óbvio que esta vacina possui um fator de risco muito pequeno, com uma pequena exceção quando falamos de pacientes idosos com a saúde enfraquecida", publicou o canal de TV NRK.

Também foi informado que todos os falecidos tinham imunidade precária e mais de 80 anos de idade.

Para evitar tal mortalidade entre os idosos, o Instituto Nacional de Saúde da Noruega decidiu mudar algumas das recomendações à vacinação para os pacientes de idade avançada que sofrem de doenças graves.

"Efeitos colaterais ordinários podem ter causado agravamento de doenças presentes em pessoas idosas", declarou o instituto.

A vacinação contra o coronavírus SARS-CoV-2 na Noruega com o imunizante das farmacêuticas referidas começou em 27 de dezembro passado.

Os primeiros vacinados foram idosos de um asilo na capital Oslo. Ao total, 25 mil pessoas já foram vacinadas no país até o momento.

Em br.sputnik.news.com

e https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=noruega-altera-recomendacao-vacina-pfizer-biontech-apos-13-mortes&id=14510

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Por favor, não matem os velhinhos!

DO ONDE SE PERDE UMA GUERRA

Pedro Almeida Vieira 

«Sempre assumi, praticamente desde o início da pandemia, ser evidente que a covid era uma doença infecciosa que constituía um perigo efectivo, do ponto de vista da Saúde Pública, apenas para a população mais idosa (maiores de 80 anos), e marginalmente para uma franja de pessoas vulneráveis (com determinadas comorbilidades).

Foram também incontáveis os alertas que fui fazendo, ao longo dos meses, sobre a imperiosa necessidade de encontrar uma estratégia sólida e eficaz para os lares, onde vivem cerca de 100 mil pessoas com uma média de idade a rondar os 85 anos. Também me foi sendo cada vez mais evidente que esse grupo etário dos maiores de 80 anos (que tem constituído cerca de 2/3 do total das mortes com covid) não estavam a ser infectado pelos grupos etários mais jovens segundo uma lógica geracional, isto é, serem os filhos ou netos a contaminarem os pais ou avós.

Na verdade, olhando agora para a taxa de incidência dos casos positivos por grupo etário - que já não actualizava há alguns meses (e houve um pulo enorme deste Novembro) -, mais se confirma um padrão associado à mobilidade e à sociabilidade (vd. gráfico, sobretudo as barras vermelhas). Quem se movimenta mais e socializa mais tem maior probabilidade de se infectar. Com efeito, a incidência dos casos positivos cresce  do grupo etários dos 0-9 anos para os 10-19 anos, e atinge um topo (7,2%) no grupo dos 20-29 anos (estudantes e jovens adultos). A seguir há um contínuo decréscimo nos grupos etários mais velhos, até chegar aos 3,3%, no grupo dos 70-79 anos, a primeira faixa dos reformados. Porém, depois não continua a descer para o grupo seguintes (maiores de 80 anos), e isso é um grandíssimo problema. 

De facto, é a partir dos 80 anos que, claramente, se está a perder a guerra. Numa idade com menores contactos sociais e mobilidade (até em comparação com o grupo dos 70.79 anos), os maiores de 80 anos apresentam actualmente uma taxa de incidência acumulada de 6,8%, a segunda maior, pouco atrás do grupo líder (20-29 anos). Em comparação mais uma vez com o grupo antecessor, o crescimento desde Novembro é colossal, passando de 1,8% para 6,3% (mais 4,5 pontos percentuais), enquanto  na faixa etária dos 70-79 anos se passou dos 0,9% para 3,3% (subida de 2,4 pontos percentuais).

Como é de admitir que a esmagadora maioria das pessoas do grupo dos 70-79 anos não é institucionalizada (ou seja, não vive em lares), enquanto cerca de 15% das cerca de 670 mil pessoas com mais de 80 anos vive em lares, será de admitir fortemente que é nos lares que está a raiz do problema. Ou seja, são os cerca de 100 mil idosos institucionalizados em lares que estarão a "empurrar" para cima a elevada taxa de incidência dos maiores de 80 anos.

Quanto? Ninguém sabe porque as informações sobre a situação dos lares continua sem ser validada e conhecida com rigor. Custa a DGS divulgar esses dados com detalhe, e nem parece que haja medidas no terrenos para inverter esta elevadíssima taxa de incidência (só desde o início do ano, em 13 dias apenas, subiu ,2 pontos percentuais).

Vejam que é aqui que estamos a perder a guerra (como, aliás, uma parte importante dos países do mundo ocidental). E não devia acontecer. Numa estratégia eficaz, seria, digo eu, aceitável e até exigível que a taxa de incidência dos maiores de 80 anos fosse (não digo já menor) similar à da faixa dos 70-79 anos, isto é, 3,3%, em vez dos 6,3%. Se assim fosse, significava que em vez de se contabilizarem 42.057 casos positivos desde o início da pandemia, se teria afinal 22.374 casos, o que significava menos 19.683 infecções. E isto é muito.

Se em populações jovens, mais mil menos mil casos positivos, e mesmo mais 20 mil ou menos 20 mil, vai dar ao mesmo (ou seja, níveis nulos ou quase nulos de mortalidade), nos maiores de 80 anos essas diferenças contam. E muito.

De facto, se a taxa de incidência nos maiores de 80 anos fosse de 3,3%, em vez de 6,3%, uma redução dos tais 19.683 casos positivos significaria, à actual taxa de letalidade de 15%, menos cerca de 2.950 vidas perdidas.

Vejam bem. Vejam porque tenho insistido na questão dos lares, e considerado ser um esforço inglório, inútil e contraproducente (de todos os pontos de vista) as tentativas de controlar todas as infecções por covid na população, perante a baixíssima gravidade para a esmagadora maioria da população portuguesa. A guerra contra a covid está nos lares, onde sim é bastante mortífera, sobretudo por via das debilidades quer dos utentes quer das próprias instituições. 

Confesso que as mudanças estruturais para reformar os lares teriam de ser hercúleas, mas não seria melhor isso do que assistirmos a estúpidos confinamentos, ao colapso da vida social, da Economia, da própria Saúde Pública? Torna-se premente tratar esta pandemia com racionalidade, de contrário continuará a causar (ou causará) mais mortes colaterais do que o próprio vírus. E não salvaremos os velhos.»

Retirado Daqui

sábado, 9 de janeiro de 2021

A carreira de técnico auxiliar de saúde


Acaba de ser aprovado pelo Parlamento a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde, na prática, a reposição da antiga carreira de auxiliar de acção médica que foi, perante a passividade dos sindicatos e, diga-se em abono da verdade, dos próprios trabalhadores, extinta pelo governo do PS/Sócrates em 2008 e que existia há mais de 40 anos. A iniciativa dos partidos não é desinteressada, estamos em tempo de eleições presidenciais, com candidatos apoiados directamente pelos partidos em causa, contudo não deixa de ser bem-vinda.

A antiga carreira de auxiliares de acção médica tinha um estatuto bem definido que estabelecia quais as tarefas atribuídas a estes trabalhadores da saúde e sem os quais o SNS, ou outro, consegue funcionar. Em contexto hospitalar, em modelo biomédico como é o actual em que põe a tónica no tratamento do doente, ou seja, da pessoa com transtorno de saúde e bem estar, os técnicos menos especialidades são tão importantes como os enfermeiros ou os médicos. Saiam eles dos serviços por qualquer razão ou façam greve geral total e os serviços de saúde simplesmente pararão de todo.

Se em 2008 estes trabalhadores foram desqualificados para “assistentes operacionais”, sem especificidade de funções, foi com o claro intuito de se criar uma mão-de-obra pouco qualificada, mas essencialmente barata e, como se costuma dizer, pau para toda a colher. E, saliente-se, sem autonomia profissional, estando até agora sob direcção administrativa e supervisão da enfermagem que, ao contrário de quando se trata da sua relação com os médicos, parece apreciar essa posição de imerecida e injustificada superioridade. 

A criação da agora carreira de técnico auxiliar de saúde não vai deixar de ser explorada pelos sindicatos dos enfermeiros, técnicos licenciados, para, com intuitos elitistas, recriar a antiga categoria de auxiliares de enfermagem. Assim como poderá ser oportunidade para o governo, este ou os que vierem a seguir, poder tapar a falta de enfermeiros por técnicos menos especializados, mas sempre mais baratos que os enfermeiros. Devemos estar atentos ao que possa surgir.

Para além do que vier a acontecer no futuro, a aprovação da criação da carreira de técnico auxiliar de saúde será uma coisa boa se os actuais assistentes operacionais transitarem de forma automática para a nova carreira. Terá sido também o resultado não só da iniciativa dos partidos, tendo passado a proposta do BE, PAN e PEV, mas essencialmente do descontentamento de trabalhadores que têm sido mais discriminados e injustiçados e cujo descontentamento tem sido cada vez mais notório. 

Discriminados no salário, muitos deles encontram-se a receber quase o mesmo salário, em termos nominais, com que entraram no SNS; o que, em termos de poder de compra, representa uma pequena fracção do que deveriam estar a ganhar. E, com os constantes e embora fracos aumentos do salário mínimo nacional, correm o risco, pelo menos uma grande maioria, de um dia destes estarem a receber o salário mínimo apesar de estarem na Função Pública há várias dezenas de anos. É a exploração de trabalhadores ao mais elevado grau.

Mas não são apenas os salários miseráveis, porque no que concerne ao reconhecimento do seu indispensável e insubstituível trabalho os agradecimentos não existem ou, melhor dizendo, revestem o carácter de autêntica provocação. No CHUC, por exemplo, há serviços em que um assistente operacional é obrigado a fazer o trabalho de três, com a agravante dos enfermeiros chefes e os supervisores da área recusarem solicitar mais trabalhadores para os serviços, para desse modo poderem apresentar uma boa gestão perante a administração. E o cúmulo foi atingido recentemente com a recusa de enfermeiros chefes, pressionados por alguns supervisores, de entregar as listas com os nomes dos assistentes operacionais, e até dos enfermeiros, que estiveram, e ainda estão, na primeira linha de combate à pandemia da covid-19, a fim de receberem o tão prometido prémio pelo governo.

Com a agravante de isto ter acontecido em serviços especificamente destinados ao atendimento de doentes com covid-19, com a falsa alegação, que se saiba por parte de um dos supervisores que não é conhecido pelas melhores razões, que não teria havido o número de horas consecutivas suficientes no atendimento a estes doentes. E foi por pressão dos trabalhadores, assistentes e enfermeiros, que se sentiram fortemente injustiçados, que os directores dos serviços em causa obrigaram a que as listas fossem agora entregues, esperando-se que a administração, já com o dinheiro na conta para o efeito, reponha a justiça que foi sonegada a estes trabalhadores.

A experiência ensina-nos que sem luta não há vitórias e muitas das vezes se não se persistir as vitórias serão efémeras.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

O começo do fim: a geopolítica da vacina

por Katu Arkonada

«Este 2020 deixou claro que a relação entre as pandemias que nos assolam e o sistema capitalista de produção é cada vez mais estreita

2020 acabou, o que nos deixou como legado mais de 83,9 milhões de pessoas infectadas com Covid-19 e quase 2 milhões de pessoas mortas pela pandemia.

Se para o historiador marxista Eric Hobsbawm o século 20 foi um século curto que começou em 1914, com a Primeira Guerra Mundial, talvez pudéssemos nos aventurar a pensar que neste 2020 que acaba de terminar, está se iniciando o século 21, um século de pandemias e crises.

Há também quem diga que o ciclo que se iniciou com a crise económica de 2008 está a terminar, mas nesse caso, se a primeira grande crise do século XXI foi uma tragédia, esta é uma farsa em que, ao contrário de 2008, onde depois a crise foi resgatada para bancos privados com dinheiro público, desta vez financiando, antecipadamente, empresas farmacêuticas privadas com dinheiro público.

Em todo caso, este 2020, que já passou, deixou claro que a relação entre as pandemias que nos assolam e o sistema capitalista de produção é cada vez mais estreita. A acumulação por espoliação teorizada por outro marxista britânico, David Harvey, tornou-se mais presente do que nunca no ano passado. A privatização dos bens comuns e a especulação com a saúde (respiradores, testes, vacinas, etc.) têm sido uma constante durante esta pandemia que ainda não acabou.

A polémica sobre a administração da vacina nos deixa pelo menos uma coisa clara: dinheiro não dá direito, embora haja quem queira que assim seja. Os ricos devem pagar (mais impostos) para financiar saúde e educação, mas também vacinas gratuitas e universais para toda a população. Eles podem ir para hospitais privados ou universidades, mas isso não lhes dá mais direitos em comparação com a população em geral. Pelo contrário, primeiro os pobres e o pessoal de saúde.

Diante da demanda por direitos universais, 2020 foi o ano da privatização da luta contra a pandemia. Milhões e milhões de dólares de dinheiro público investidos em uma indústria, a indústria farmacêutica, que gasta mais de 100 milhões de dólares em atividades de lobby a cada ano.

Por exemplo, a Pfizer, a transnacional mais na moda para sua vacina, gera receitas anuais de 52 bilhões de dólares e pertence ao fundo do abutre Black Rock. No entanto, no início da pandemia, foi subsidiado com

mais de 2 bilhões de dólares de dinheiros públicos, pouco menos que os 2,5 bilhões de subsídio que a Moderna recebeu. 

Apesar de ter desenvolvido vacinas com boa parte de financiamento público, não podemos conhecer as cláusulas dos contratos que as empresas farmacêuticas estão firmando com os estados para a distribuição da vacina. Existe a possibilidade de rescindir contratos? A soberania do estado está sendo abandonada com a desculpa da urgência? 

Perguntas sem resposta, ao mesmo tempo que reforça um sistema de patentes que só agrava a desigualdade geopolítica e económica global, ao mesmo tempo que prioriza a lucro em relação à saúde pública. A privatização da agenda da saúde pública em escala mundial é um facto numa área de negócios muito suculenta sob a lógica do capitalismo voraz e da especulação financeira. 

A disputa geopolítica também foi levada para a área de relações públicas, com concurso de mídia entre quatro dos cinco membros que compõem o Conselho de Segurança das Nações Unidas: China, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido, ganhando especial relevância no que diz respeito às notícias relacionadas com a China. 

Recentemente, vimos a hipocrisia da mídia no caso da jornalista da oposição presa Zhang Zhan, de acordo com as empresas de mídia transnacionais do Ocidente, por relatar e cobrir a pandemia na China. A realidade é que Zhan fez o que era proibido em qualquer país do mundo durante a pandemia: entrar em necrotérios e registar os mortos e suas famílias e depois fazer o upload no YouTube sem seu consentimento, em uma clara violação de sua privacidade.

Na Espanha, por outro lado, só o prendem por tweetar contra o rei, porque os meios de comunicação aplicam diretamente a autocensura em qualquer motivo de Estado e, portanto, a população não conseguiu ver a imagem das dezenas de caixões esperando para serem cremados por falta de capacidade, primeiro de hospitais e depois de casas funerárias.

2020 terminou, 2021 começou, e a dívida das famílias, empresas, bancos e governos em todo o planeta chega a quase 300 trilhões de dólares, cerca de 365 por cento do produto interno bruto (PIB) mundial. Enquanto isso, os 12 maiores milionários de Wall Street, liderados por Jeff Bezos da Amazon, aumentaram sua riqueza em 40%, para US $ 283 bilhões.

Fecho esta coluna, escrita no último dia de 2020, com meus desejos para 2021 (ainda não decidi se é o ano do começo do fim ou do fim do começo): a redução da desigualdade em um mundo onde as crenças não prevalecem acima da verdade, e que podemos nos abraçar novamente.»

Original aqui

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Um país e um SNS geridos por gente pouco séria, para não dizer criminosa porque é feio!

 

Da cegueira do rebanho a caminho do matadouro mas que nem chega lá

Pedro Almeida Vieira

«Bem sei que tenho seguidores, algumas centenas; talvez uns poucos milhares que me lêem de quando em vez, mas isso de pouco me vale, ou melhor dizendo, de pouco nos vale.

Confesso: sinto-me, cada vez mais, como um simples membro de um rebanho, sendo levado para um matadouro, ao som dos pífaros do nosso Governo (com António Costa e Graça Freitas à cabeça) coadjuvado por pessoas como Graça Freitas, Rui Portugal, Baltazar Nunes, Filipe Froes, Pedro Simas e Ricardo Mexia (sim, é preciso começar a dizer nomes...). 

Ontem, quando chocado vi (mais uma) campanha da DGS, desta vez apelando para que, se algum de nós ficar doente, "não corra para o hospital", deixei de ter dúvidas: a esmagadora maioria dos portugueses está liminarmente cega por causa da covid, e  estamos a ir mansamente para o cadafalso sob a batuta de um bando de irresponsáveis, no mínimo, ou de criminosos, com elevada probabilidade, nem que seja apenas por negligência.

De facto, eu não quero acreditar que nem um dos responsáveis políticos nem uma das sumidades (que atrás referi) ignore onde mais se verificou um acréscimo de mortalidade ao longo do ano de 2020.

Não! Não foi nos hospitais, minhas senhoras e meus senhores. 

Foi fora dos hospitais. Foi em casa ou noutros locais, em grande parte porque as pessoas foram amedrontadas pela imprensa e pelo Governo para deixarem de ir aos hospitais. Foi em casa ou noutros locais, em grande parte porque houve mais de meio milhão de consultas adiadas no SNS e um infindável número de diagnósticos, exames e cirurgias suspensas para o dia de São Nunca à Tarde.

Não estou a fazer estas acusações de ânimo leve nem com base em impressões. O excesso de mortalidade em 2020 (face à média do período 2014-2019) foi de quase 13.800 óbitos com registo de local de óbito. De entre estes, apenas 6.183 ocorreram em estabelecimentos de saúde, enquanto os óbitos no exterior (casas e outros hospitais) totalizaram 7.612. Em termos relativos, o crescimento de óbitos nos hospitais foi de 9,0%, enquanto fora dos hospitais atingiu os 18,8%.

Como os óbitos por covid (que terão ocorrido quase na sua totalidade em meio hospitalar) foram 6.951 (ou seja, cobrindo o excesso da mortalidade nos estabelecimentos de saúde), significa que o excesso de óbitos ocorridos nas casas e noutros locais está associado a outras afecções que nada têm a ver com a covid. Têm a ver, sim, com a estratégia da covid.

E perante isto, perante a necessidade de fazer com que as pessoas, sentindo-se mal, se desloquem ao hospital, que faz o Governo? Um apelo para que não se vá ao hospital! Caramba! Está tudo maluco? Notem bem: nos últimos nove meses de  2020 (desde o início da pandemia), a fluxo de urgências hospitalares diminuiu 34% em relação ao período homólogo de 2019. Foram, em termos absolutos, menos 1.801.478 visitas! Quantas mortes foram causadas por via desta diminuição? Quantas mais mortes quer o Governo fazendo apelos para não se ir ao hospital se se ficar "doente"? 

Estamos no 11º mês de pandemia e o Governo continua só a ter olhos para a covid, porque o deixam. E deixamos também que especialistas se aproveitem da covid como uma oportunidade pessoal e profissional, esquecendo tudo o resto. E, mais lamentável, a esmagadora maioria deles até são médicos.

Mas sabem uma coisa? Na verdade, a culpa nem é deles! É da nossa sociedade, que se deixou cegar pelo pânico, alimentado por uma imprensa execrável, por "especialistas" sem visão e por uma oposição amorfa.

Estou, acreditem, algo cansado com toda esta situação. Por vezes, nem sei bem porque faço estas análises e escrevo como escrevo. Em nada saio beneficiado; pelo contrário, como bem diria Erasmo de Roterdão.»



Fonte: SICO-eVM.

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