sábado, 29 de junho de 2019

Apelo à mobilização geral dos enfermeiros: GREVE GERAL 2 a 5 de Julho



A greve, convocada pelo Sindepor, acontece entre terça e sexta-feira e coincide parcialmente com a greve dos médicos. Os enfermeiros exigem igualdade no descongelamento da progressão das carreiras, como explica o presidente do sindicato, Carlos Ramalho.

«... O SINDEPOR falou de seguida tendo manifestado que :

- Para além da insatisfação com a nova carreira, apresenta preocupação com a transição para a mesma, tendo sido dada a garantia de respeito pelo despacho de 2018 de descongelamento das carreiras antes da inclusão na atual;

- O descongelamento dos CTFP que transitaram em 2011,2012 e 2013 que se reveste de inteira injustiça e que não entende a situação dos colegas que estavam corretamente posicionados estarem a ser obrigados a ver as suas corretas progressões anuladas. Não se tendo manifestado, foi dada a indicação da nossa preparação e intenção no avanço para processo judicial;

- O tratamento igualitário necessário para CTFP e CIT à semelhança do acordo realizado na Madeira e nos Açores que se encontra em fase final de negociação.
(…) 
e
O SEP: Petições e intervenções jurídicas:
«Por uma Carreira de Enfermagem digna, pelo justo Descongelamento das Progressões e pelo efetivo Suplemento Remuneratório dos Enfermeiros Especialistas, avançamos com petições públicas para remeter estes problemas à Assembleia da República.

Carreira de Enfermagem: Face à apreciação e posição sobre a Carreira de Enfermagem (Dec. Lei n.º 71/2019) imposta pelo Governo:

  • Estamos a intervir junto dos Grupos Parlamentares no sentido de suscitarem a “apreciação parlamentar” do diploma (PCP e BE já o fizeram) e defenderem as propostas apresentadas pelo SEP.
  • Em breve avançamos com uma “Petição Pública”, a remeter à Assembleia da República, no sentido de serem debatidas em plenário as soluções de Carreira que são justas perante os enfermeiros.
Para além de toda a ação e luta realizada, nomeadamente a última intervenção jurídica junto das Administrações e das primeiras acções submetidas em tribunal...

Médicos em greve 2 e 3 de julho:

«Federação Nacional dos Médicos (FNAM) já tinha anunciado, no início de maio, a greve nacional de um dia, após a reunião com a ministra da Saúde, Marta Temido, da qual também fez parte o Sindicato Independente dos Médicos. Agora foi marcada a data para o protesto, o dia 3 de julho.
À Lusa, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, indicou que este sindicato vai marcar, por sua vez, uma greve para o dia 2 de julho.
O Conselho Nacional da FNAM esteve reunido este fim de semana em Coimbra e decidiu marcar a greve nacional, bem como uma concentração, para esta data por entender que o Ministério da Saúde "continua a recusar negociar" as reivindicações destes profissionais de saúde, depois da realização de duas paralisações em 2017 e uma greve nacional de três dias em maio do ano passado.
Médicos acusam Ministério de promover "a deterioração da qualidade dos cuidados de saúde"
"O descontentamento entre os profissionais médicos atinge proporções deletérias e é transversal a todos os setores de trabalho - público, privado ou social - e, por isso, a FNAM apela aos colegas que manifestem a sua insatisfação aderindo à greve nacional e concentração no dia 3 de julho de 2019".
Na lista de reivindicações dos médicos estão, por exemplo, "o limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência, dentro do horário normal de trabalho" e a "consequente anulação das atuais 18 horas semanais", a criação "de um estatuto profissional de desgaste rápido e a diminuição da idade da reforma", bem como o início "imediato" do processo de "revisão da carreira médica e das respetivas grelhas salariais".
Notícia in "DN"

sábado, 15 de junho de 2019

La MATANZA de enfermeras y trabajadores REPUBLICANOS del hospital de VALDEDIÓS, al menos 12 mujeres y 5 hombres, ellas VIOLADAS, Todos ASESINADOS por tropas franquistas en 1937

El comandante Emilio Molina que mandaba a los soldados navarros de la 6ª Brigada Navarra carlista, ordenó liquidar a bayonetazos a 70 prisioneros republicanos  en Caravidales el 19 de octubre de 1937. La tarde del 22 de octubre, estos asesinos encontraron al personal del Hospital Psiquiátrico ovetense de La Cadellada evacuados en el monasterio de Valdediós (Asturias): Enfermos, médicos, enfermeras, mantenedores, cocineros y limpiadoras, todos, o casi, afiliados a sindicatos y colaboradores del Socorro Rojo.

Al caer la noche, los militares se descontrolaron, forzaron a las mujeres del Hospital a cocinar una macabra cena, a bailar contra su voluntad, sus instintos se desmandaron en orgía de alcohol y abusos sexuales. Tras golpear y violar a las mujeres, los franquistas las condujeron, y a varios hombres, a rastras hasta un bosquecillo de castaños. El cura castrense, lejos de paralizar la matanza, bendijo la barbarie y ofreció confesión a las víctimas que, obligadas a cavar varias fosas, fueron fusiladas y reventados sus cráneos a balazos por sus verdugos. Una niña de 15 años y 14 enfermeras fueron violadas y asesinadas, así como 4 celadores del hospital. Antonio Lorenzo, hijo de la enfermera Conchita Moslares, asegura: ”..se llevarían sobre 33 personas, las obligaron a excavar fosas, acostarse en el fondo, y así los mataron. Después de eso los perros andaban desenterrando restos humanos y alguien los enterró mejor”.

La Sociedad Cientifica Aranzadi, los voluntarios que con ella colaboraron y los memorialistas asturianos de Todos los Nombres Asturias lograron exhumar 17 cuerpos en el año 2003. Hay 14 con el cráneo fracturado por disparos en la proximidad del oído, lesiones calificadas de violencia homicida. Son 12 mujeres y 5 hombres, 8 de ellos pertenecen con total certeza a las enfermeras Rosa Flórez y Oliva Fernández; a los enfermeros Urbano MenéndezEmilio Montoto y Antonio Piedrafita muerto éste último de un tiro en la espalda mientras intentaba la fuga; a las limpiadoras Claudia Alonso y Soledad Arias y a la ayudante de cocina Luz Álvarez Flórez.

Aquel día desaparecieron para siempre otras 13 personas, las cuales deben estar en otra fosa aún por localizar. Eran las enfermeras Julita MenéndezMaría Teresa MartínezMarian Solís y Pilar Quirós; los enfermeros David CuevaAntonio GonzálezManuel VallinaAntolín González y Casimiro García; la limpiadora Soledad Méndez; la lavandera Felicidad Álvarez; la planchadora y costurera Consuelo Iglesias; y la cocinera Francisca Vázquez. Es probable que los restos de otros trabajadores del hospital de los que a partir de entonces no se volvió a tener noticia, estén entre los que se hallen cuando pueda encontrarse la 2ª fosa, de paradero ignoto.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Morreu Isaura Borges Coelho, antifascista que lutou pelos direitos das enfermeiras



«Figura da resistência ao fascismo, lutou pelos direitos das mulheres, nomeadamente, pelas enfermeiras, profissão que exerceu. Foi presa e torturada pela PIDE. Casou-se no Forte de Peniche com António Borges Coelho
Isaura Assunção da Silva Borges Coelho morreu na terça-feira, dia 11 de junho, aos 93 anos. A notícia foi avançada esta quarta-feira pelos jornais Sul Informação Tornado. Resistente antifascista, lutou pelos direitos das mulheres, pela liberdade, democracia e foi presa e torturada pela PIDE - Polícia Internacional e de Defesa do Estado.
Na sua atividade contra o regime de António de Oliveira Salazar, destaca-se a luta pelos direitos das enfermeiras - profissão que exerceu - em poderem casar livremente. Recentemente, foi galardoada pelo município de Portimão com o título de cidadã benemérita e com a Medalha de Honra. Em 2002, pela sua luta pela democracia, liberdade e igualdade de direitos, recebeu do então Presidente da República, Jorge Sampaio, a condecoração da Ordem da Liberdade.

Portimão manifesta "voto sentido de pesar"

Isaura Borges Coelho nasceu em Portimão, a 20 de junho de 1926, frequentou a escola de enfermagem Artur Ravara e começou a exercer a profissão no Hospital dos Capuchos.
A Câmara Municipal de Portimão já manifestou publicamente "um voto sentido de pesar e de respeito profundo, muito sincero, pela memória de tão ilustre portimonense".
Na biografia disponibilizada pela autarquia, lembra-se que Isaura Borges Coelho cedo começou a lutar "pela melhoria das condições de trabalho e dos cuidados de saúde nos hospitais".
Encabeçou um abaixo-assinado dirigido ao presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar, ao Cardeal Cerejeira e ao enfermeiro-mor dos hospitais quando teve conhecimento que 12 colegas enfermeiras do Hospital Júlio de Matos "foram despedidas, por terem casado sem autorização".
"Recolheu centenas de assinaturas para exigir a liberdade de casamento para as enfermeiras". Pedia a revogação do artigo 60 do decreto-lei nº 28794, de 1 de Julho de 1938, que exigia que para os lugares de enfermeiras e também para os de empregadas domésticas só poderiam "ser admitidas mulheres solteiras e viúvas, sem filhos".

Casou-se no Forte de Peniche com António Borges Coelho

Um gesto que lhe valeu a prisão. Em 1953, quando se dirigia para a sede do Movimento de Unidade Democrática (MUD) Juvenil "é presa juntamente com outros jovens, posteriormente libertados. Ficou em prisão preventiva". Os agentes da PIDE identificaram-na como "a casamenteira".
Durante o tempo que esteve presa, Isaura Borges Coelho, "foi sujeita ao regime de isolamento, brutalmente espancada e arrastada pelos cabelos".
Em junho de 1954, o MUD Juvenil denunciava a situação num dos seus comunicados: "Com Isaura Silva, no banco dos réus, estão as enfermeiras e a juventude de Portugal".
"Passou quatro anos na prisão. Tinha sido condenada 'apenas' a dois anos de prisão maior, à perda de direitos políticos por quinze anos", descreve a biografia divulgada pela câmara de Portimão. Encarcerada, chegou a pesar 30 quilos. Foi libertada em 1956.
Exerceu, até à reforma, o cargo de enfermeira-chefe do Serviço de Prematuros da Maternidade Alfredo da Costa, onde foi igualmente delegada sindical dos enfermeiros.
Casou-se com António Borges Coelho no Forte de Peniche, onde o futuro historiador estava a cumprir uma pena de prisão.
O funeral realiza-se na sexta-feira, às 13:30, no Centro Funerário de Cascais da Servilusa, onde decorre o velório, a partir das 18:00 desta quinta-feira, segundo o jornal Público.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Sindicato dos médicos afixa outdoors com rostos de Costa e Centeno a exigir mais investimento na saúde



«O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) alerta que a qualidade do SNS está no limite e que é urgente investir em tecnologia, equipamentos e recursos humanos. Para sensibilizar Executivo de António Costa a investir no setor, SIM afixou outdoors onde critica que “há dinheiro para os bancos, mas não há para a saúde”. E reclama que “SNS tem de ser uma prioridade”.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) procedeu à colocação de dois outdoors na cidade de Lisboa, um na 2ª circular junto ao aeroporto e outro em frente ao Hospital de Santa Maria, com o objetivo de sensibilizar o governo para investir no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Nos outdoors a mensagem do SIM é clara: “Há dinheiro para os bancos, mas não há para a saúde”, reclamando na mensagem onde surge uma foto do primeiro-ministro, António Costa e do ministro das Finanças, Mário Centeno, que “o SNS tem de ser uma prioridade”.
A iniciativa do SIM surge numa altura em que alerta que a qualidade do SNS está no limite e que é urgente investir em tecnologia, equipamentos e recursos humanos. Estas são, aliás, algumas da reivindicações que estão na base da próxima greve dos médicos, anunciada para os dias 2 e 3 de julho.
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FNAM reclama reforma de saúde pública
No fim-de-semana passado, o Conselho Nacional da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) reuniu-se para rever as negociações que aconteceram com o Ministério da Saúde durante os quatro anos de Governo, algo que levou à convocação de uma paralisação nacional.
Em comunicado, a FNAM deu conta de que o Governo recusa negociar “o limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência e a consequente anulação das atuais 18 horas semanais”, bem como “a criação de um estatuto profissional de desgaste rápido e a diminuição da idade da reforma”. A Federação pretende ainda “o desenvolvimento de uma reforma de saúde pública, com objetivos claros e sem instrumentalizações iníquas”, além da “uniformização e melhorias do sistema informático dos hospitais”.
A FNAM assegura que “analisou o resultado das negociações com o Ministério da Saúde, quase quatro anos depois da tomada de posse do atual governo, em outubro de 2015”. Apesar de já terem realizado paralisações em maio e outubro de 2017 e maio de 2018, a FNAM garante que “o atual Ministério da Saúde continua recusar negociar” as reivindicações que são colocadas pelos profissionais de saúde.
(...)