Ou um dos resultados da gestão do combate à pandemia feita pelo Governo?
“O cancro matou 30.168 pessoas em Portugal em 2020, tenderá a crescer nos próximos anos face aos atrasos do diagnóstico e tratamento, sendo que o grande impacto nas mortes por cancro deverá sentir-se dentro de um a cinco anos”. Porque, e como alguém disse: “O foco na pandemia tem tido reflexos negativos noutros problemas de saúde, nomeadamente no cancro”.
Ao centrar o grosso da actividade do SNS no combate à covid-19, fechando-se muitos serviços dirigidos ao tratamento de outras doenças não só se contribuiu para o aumento da mortalidade por outras causas, como se adiou a prevenção e tratamento de outras doenças que matam bem mais do que o SARS-CoV-2.
Sabe-se que o cancro é a 2ª causa de morte
mais frequente em Portugal, com 60 467 mil novos casos em 2020 - dados do
Globocan. O cancro colorretal é o mais frequente em Portugal, com 10.501 novos
casos, seguido do cancro da mama (7.041), próstata (6 759) e pulmão (5 415). Os
números mais recentes da incidência são referentes a 2020, esperamos pelos de
2021 que, infelizmente, não deverão ser nada animadores.
A estratégia do governo não foi a de acautelar
a saúde dos cidadãos portugueses de forma holística, mas direccionar o SNS num
só sentido, apesar da taxa de letalidade da covid-19 se apresentar logo de início
relativamente baixa, com excepção dos grupos mais vulneráveis, entre os quais
se destacavam os idosos e doentes com patologias crónicas graves. No entanto,
preferiu-se desbaratar meios materiais e recursos humanos em fazer rastreios
cegos à população em geral e não apenas aos grupos de risco.
Assim, soube-se hoje, no Dia Mundial do Cancro,
que “Portugal ultrapassou os 35 milhões de testes realizados”, alcançada na passada
terça-feira e que o mês de Janeiro marcou um recorde ao nível da testagem, cerca
de 257 mil testes por dia em média, ou seja, mais de oito vezes o número de
testes realizados no mesmo período do ano passado.
Parece que se se andou a inflacionar o número
de “casos” de infectados, na grande maioria assintomáticos (portadores sãos e não transmissores)
para justificar a vacinação e a continuação da testagem, e outras
medidas não sanitárias e que têm a ver mais com as restrições das liberdades das
pessoas e responder a interesses económicos pouco transparentes.
Sabendo-se que cada um de nós possui na superfície
da pele e dentro do corpo mais de 100 mil milhões de micróbios, 80% dos quais
no intestino, e que os testes usados não distinguem as centenas de estirpes do
coronavírus, podemos estar certos de que haverá sempre casos positivos. Assim,
continua-se a manter o negócio dos testes que já deverá ter ultrapassado os 700
milhões de euros, dinheiro que tem faltado ao combate a outras doenças mais
mortais e conhecidas.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) foi
obrigada a suspender o programa de rastreio de cancro da mama durante seis
meses em 2020/2021 por imposição das restrições decretadas pelo Governo e,
neste momento, vem alertar para o facto de ter havido “menos 18% de mulheres
com mamografia realizadas e menos 13% de mulheres sem registo de colpocitologia
atualizada", e pedir, com carácter de urgência “numa reorganização do
sistema nacional de saúde em defesa do doente e uma maior aposta em programas
de prevenção, deteção precoce e tratamento do cancro em Portugal”. Para os
quais todo o dinheiro é pouco.
Por sua vez, o diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas estimou ser necessário realizar anualmente mais 1,2 milhões de rastreios ao cancro da mama, colo do útero e colorretal para abranger mais de 90% da população elegível até 2025. Sabendo-se também que, na última década, as mortes por cancro subiram 10% em Portugal e 20% no mundo.
Não
é despiciendo relembrar que, todos os dias, o cancro mata em Portugal cerca de 82 pessoas. Talvez a aplicação da técnica do Ácido Ribonucleico mensageiro (criada
por Robert Malone e actualmente um dos principais críticos das vacinas comercializadas
na União Europeia e que usam esta técnica) no tratamento de alguns tipos de
cancro fosse ideia mais acertada.
Estão a gastar-se centenas de milhões de euros
na compra de vacinas, em contratos com clausulas secretas para desresponsabilizar
os laboratórios farmacêuticos por eventuais reacções adversas graves, e aos
quais poderão juntar-se mais alguns milhões para fazer face a eventuais pedidos
de indemnização por cidadãos que tenham sido afectados gravemente por uma
experiência genética ainda em período de ensaio, o que será mais que certo no futuro, depois de assentar a poeira do medo.
Até ao momento registaram-se, em Portugal, mais
de 22 380 suspeitas de reações adversas às vacinas, das quais 15
mio/pericardites em crianças e jovens, mas os números deverão ser bem elevados,
atendendo aos indícios da DGS poder andar a martelar e a esconder os reais números de
mortes “por” e “com” covid-19, de doenças, incluindo suicídios, que resultaram
da má gestão do combate à pandemia. Forçosamente que um dia será feito o balanço de tudo o que agora se está a passar.
A situação de saúde dos portugueses agravou-se, com a sedentarização imposta pelos estados de emergência que levou a maiores consumos de alimentos hipercalóricos e bebidas alcoólicas, aumento de casos de diabetes, hipertensão, obesidade, etc. e a estados de maior ansiedade e depressão que, por sua vez, conduziram ao aumento do consumo de medicamentos psicoativos. Parece que se pretendeu aumentar o mercado da doença.
Agora já se sabe, devido a estudos feitos nos
EUA (Universidade Johns Hopkins), que os confinamentos foram, como se diz, pior
a emenda que o soneto, porque tiveram pouco ou nenhum impacto na prevenção da
pandemia. Pior ainda, agravaram as doenças já existentes e, assim, mais investimentos
terão de ser feitos… a não ser que o Governo esteja à espera que, depois da falência
final do SNS, os portugueses se dirijam aos hospitais privados.
Os milhões que se gastam neste modelo biomédico
e na recapitalização dos grandes laboratórios farmacêuticos poderiam ser
investidos em melhor prevenção, tratamentos mais eficazes e mais baratos e maior
qualidade dos cuidados a prestar pelo SNS. É de lamentar que o presidente do
IPO de Lisboa tenha de avisar que sem novo edifício fica em perigo a actividade do
Instituto, que "é de uma premência enorme", e não compreende que a
verba para a sua construção, já incluída no Orçamento de Estado de 2021, tenha agora
desaparecido no Orçamento para este ano (mais uma cativação!). Será um indício de como o Governo de maioria
PS irá tratar da (nossa) Saúde.
No sítio da LPCC, pode ler-se: «O “Dia Mundial
do Cancro (DMC) é uma iniciativa da União Internacional de Controlo do
Cancro (UICC), da qual a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) é full member
desde 1983. Criado em 2000, o DMC, que se celebra a 4 de fevereiro, pretende
capacitar e unir a população para enfrentar um dos maiores desafios de saúde
pública. Consciencializar, melhorar a educação e promover a ação pessoal e
coletiva, na luta contra o cancro, são o foco do DMC».
É isso: Consciencializar, melhorar a educação
e promover a ação pessoal e coletiva, na luta contra o cancro … e contra as doenças em
geral. Para tal, investir na Saúde é uma prioridade absoluta.
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