sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

O negócio do século e o "novo normal"

 


Alguém disse que a saúde seria o negócio deste século, superior ao do petróleo e ao do tráfico da droga. Não de uma perspectiva de desejo, mas de programa político e económico há muito delineado, no pressuposto real de que toda a coisa que seja passível de ser consumida é uma mercadoria. Ora, se há a necessidade de cuidados de saúde, então todos seremos potenciais consumidores, pode-se vender saúde como se vendem batatas ou tremoços.

Com a continuação do modelo biodémico e com o desprezo da prevenção primária, outro caminho se encetou a não ser este. Com um SNS a funcionar razoavelmente, como acontecia em Portugal, houve a necessidade de o ir destruindo, gradual e paulatinamente, para o substituir pelo negócio privado da saúde ou, melhor dizendo, da doença. Toda a perturbação, seja orgânica ou mental, no ser humano é considerada doença e deve ser tratada por moléculas fabricadas pelos grandes laboratórios farmacêuticos multinacionais. E, de preferência, depois da realização de toda a panóplia de análises clínicas e exames complementares de diagnóstico.

É o que está acontecer com a doença covid-19, que está a ser tratada não com medicamentos mas com uma espécie de "vacina", feita com material genético do vírus e não, como tem sido até agora, com o próprio vírus atenuado ou morto. É um tratamento à priori, por antecipação, e que toda a gente deve tomar, desde a mais tenra idade, por enquanto a partir dos 5 anos, mas será por pouco tempo, até à idade mais avançada e já, como se costuma dizer, com os pés para a cova.

Todos devem ser vacinados, e para tal, arranjam-se os argumentos mais diversos ao mesmo tempo que se vai instilando na mente das pessoas o medo e a desinformação, agora travestida de "ciência" baseada na evidência, paga a peso de ouro pelos fazedores e vendedores de vacinas. Contudo, ninguém se admire que a seguir às pessoas, se sigam os animais domésticos e os do jardins zoológicos - «Jardim Zoológico no Chile vacina animais contra a covid-19!»

Entre nós, o martelar por parte dos media, previamente untados pelos milhões do governo, são incansáveis: «Portugal tem três vezes mais pessoas em casa por causa da covid-19 do que há um mês» e «Quase 10% das mortes em 2021 em Portugal foram devido à covid-19» ou  «34 mortes é máximo dos últimos 10 meses, dia com 40 090 novos casos». 

O que entra, total e abertamente, em contradição com a vacina "segura" e eficaz: «Quase 3,5 milhões de pessoas com dose de reforço em Portugal» e «9,16 milhões de portugueses estão vacinados, ou seja, 88.9% da população, a quem foram administradas 20,2 milhões de doses» (Our World in Data, 12.01.2022).

Mas como a palavra de ordem da propaganda é vacinar, vacinar, vacinar, não olhando a possíveis reacções adversas, nem distinguir populações vulneráveis de populações que pouco contraem a doença e pouco ou nada morrem por esta patologia ou por patologia desencadeada pela doença em causa, todos os argumentos e instrumentos de coação servem - «Covid-19: Grávidas têm mais probabilidade de doença grave que outras mulheres» ou «Há uma mulher grávida de 33 semanas, não vacinada, ligada à ECMO no Hospital S. João».

E a paranoia colectiva, intencional e voluntariamente induzida, não fica só dentro das fronteiras, não olhando às incongruências mais evidentes: «Ómicron: Vírus continua a ser perigoso, sobretudo para quem não está vacinado”, alerta OMS» e  «Ómicron: Mais de metade da população europeia será infetada nas próximas 6-8 semanas, avisa OMS», contudo, «Mais de 80% da população adulta da União Europeia (UE) está totalmente vacinada contra a covid-19, anunciou esta segunda-feira a Comissão Europeia» e apesar de «Variante ómicron tem 69% menor risco de hospitalização». Vamos lá entender!

Os alarmismos, as imposições, principalmente através do certificado de vacinação ou passe verde para se poder levar uma vida normal, ou próxima de isso, depois de se fazer letra morta das liberdades, direitos e garantias dos cidadãos, próprias de um estado de "direito e democrático", continuam. Usa-se a manipulação, as meias verdades e as mentiras completas, chegando-se à falsificação dos números - «O secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse hoje que quase 90% dos internados com a doença covid-19 em UCIs não estão vacinados», tendo depois diminuído a cifra e acabando por confessar que não conhecia os números... e «Epidemiologista Henrique Barros diz que falar do fim da pandemia “é bastante exagerado». O primeiro é médico que trabalha exclusivamente no privado, percebendo-se bem o seu trabalho de sapa no SNS, e o segundo já foi denunciado por ter feito alguns fretes ao Sócrates, quando este era primeiro-ministro. Ou seja, ambos "especialistas" à maneira.

E, falando em especialistas que defendem a vacinação custe o que custar, deverá apontar-se a natureza destes "especialistas" e das organizações da classe médica e entender o que os faz na realidade correr e falar: «Sociedade Portuguesa de Pneumologia teve ano de ouro em receitas de farmacêuticas com 370 mil euros da Pfizer. No segundo ano da pandemia, as farmacêuticas “insuflaram” quase 1,3 milhões de euros para os “pulmões” da Sociedade Portuguesa de Pneumologia... No total, de entre 30 farmacêuticas e empresa de produtos médicos, a SPP recebeu 4.349.011 euros no período 2017-2021 (Página Um). E esta hein! diria Fernando Pessa, caso ainda fosse vivo. 

Quanto à Ordem dos Médicos, já aqui falamos o suficiente para mostrar que aquela instituição corporativa faz parte do problema do SNS e não da solução. E o seu bastonário não conseguindo refrear o impulso, aparentemente num quadro de mania ou, quiçá, de psicose, vai debitando: «Bastonário defende acordos com clínicos do privado para garantir os cuidados». É que o governo, nas suas medidas de putativo combate à pandemia - esta, por sua, vez um excelente pretexto - vai deixando degradar o SNS e incentivando a privatização da Saúde: «Escolas fazem acordos com farmácias para testar alunos» e «Rastreios nas escolas disparam, saúde pública não tem mãos a medir». Destrói-se para justificar a privatização, processo que é acelerado quando o PSD está no governo e mais mitigado e lento quando é o PS: o objectivo não deixa de ser o mesmo.

No entanto, em tempo de eleições e para que a abstenção não atinja record inimaginável: «"Votar é muito mais seguro do que ir às compras ou multibanco". O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, João Tiago Machado, garante que nada pode impedir uma pessoa». Para de imediato «Se as pessoas isoladas forem autorizadas a sair de casa para votar no próximo dia 30, os médicos de Saúde Pública podem "deixar de fazer o seu trabalho de rastreio de contactos com o mesmo». Os médicos ameaçam com a greve em relação aos doentes covid, porque em relação aos outros doentes a greve (de zelo, pelo menos) já é feita desde que a pandemia foi declarada. Então qual o espanto de «Covid-19. Hospitais algarvios entupidos com doentes “não-covid”»?

É o negócio das vacinas que não irá terminar tão depressa, embora Bill Gates (principal financiador privado da OMS e patrono da vacinação em massa para "melhorar a qualidade vida" da população mundial) já tenha previsto o fim da pandemia para breve. A Pfizer anunciou uma vacina diferente e eficaz para a variante ómicron na proóxima Primavera e o governo português garantiu que o «aumento de infetados pode prolongar processo de vacinação até ao Verão». Ora, se há uma vacina nova, mais 3 doses, no mínimo, serão necessárias, após as quatro já programadas. Talvez, lá para o Outono, se decrete o fim da pandemia! Mas não há certeza; aliás, nestas coisas nunca há certeza.

A Pfizer, a maior ou uma das maiores farmacêuticas do mundo e pertencente maioritariamente ao maior fundo de investimentos privados do mundo Black Rock, já terá arrecadado em Portugal aí uns simpáticos  88.909.898 euros, isto de acordo com o Portal Base, e só pela venda da vacina supostamente anti-covid. Imagine-se os milhões com as vacinas dos outros quatro laboratórios, dos quais três são americanos um alemão e outro sueco. Ou como, com o dinheiro dos contribuintes e a pretexto de uma doença - que terá sido fabricada, ocasional ou intencionalmente, muito provavelmente nunca se virá a saber -, se vai recapitalizando as grandes empresas monopolistas do sector farmacêutico e financeiro.

Ao negócio das vacinas se poderá juntar o dos testes, do álcool gel, do equipamento de protecção individual, aumentando a poluição e o aquecimento do planeta, ao que dizem (mais uma contradição!). E quanto aos testes. não haverá máquina de calcular que consiga fazer contas ao montante despendido quer por pessoais individuais, empresas ou instituições, incluindo o SNS: «Madeira prepara-se para levantar obrigatoriedade de testes semanais depois de ter gastado 19 milhões de euros» e «Farmácias fizeram quase 600 mil testes antes da passagem de ano» ou ainda «Na passada quinta-feira foram realizados, num só dia, mais de 400 mil testes. Desde o início da pandemia, já foram efetuados em Portugal cerca de 26,5 milhões testes de diagnóstico à covid-19» (01.01.2022). É o fartar vilanagem!

Várias coisas se aprendem nas escolas de saúde, medicina, enfermagem, etc., sobre patologia. Uma delas, é que um indivíduo que seja portador do germe patológico e que não manifesta a doença é considerado um "portador são" - não será preciso, presumimos nós, explicar o significado das palavras "portador" e "são" -, agora, na linguagem covidistíca, diz-se: "doente assintomático". Outra coisa que se aprende (ou aprendia-se, já não sabemos bem!) é que, quando se fala de "casos", refere-se a casos de "doença"; mas, agora, os casos são casos de "infecção" (contaminação) e não de doença; ou seja, são todos, incluindo os tais "doentes assintomáticos". Mudanças muito semelhantes àquela efectuada pela OMS quanto à classificação de "pandemia"; agora, não é necessário que uma doença provoque um grande número de mortes, mas que somente se dissemine pelo mundo. Assim e agora, depois destas habilidades linguísticas ou taxonómicas, fácil será arranjar "casos" e "pandemias" à vontade do freguês. Na questão presente, o freguês tanto é o governo ou a multinacional farmacêutica ou outro que possa tirar lucro da situação. 

Quanto aos governos, o lucro será mais o controlo da população com o propósito de impor uma determinada agenda política que de outra maneira só seria possível com a força da repressão pura e dura. Assim e agora, se vai tentando criar um "Novo Normal"... até quando nós deixarmos.

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