terça-feira, 30 de março de 2021

Testar em massa, menos os profissionais de saúde! Ou o grande negócio dos testes e das vacinas!

A palavra de ordem é: Testar! Testar! Testar! Vacinar! Vacinar! Vacinar!

O Presidente Marcelo exige (dizem os media): "Testar, rastrear" e "vacinar mais e mais depressa". Enquanto aos portugueses pediu "sensatez", ou seja, “portarem-se bem” para não serem responsabilizados pela inépcia do Governo, este não faz mais porque não pode, e para não haver marcha atrás no desconfinamento. Porque até a “Reabertura das escolas depois da Páscoa depende do comportamento das pessoas”!

E, por causa das dúvidas, a PSP irá apertar a fiscalização das ruas. E o resultado não se fez esperar: Homem multado por estar a mascar gomas na Lousã, outro cidadão foi multado por estar a comer umas sandes dentro do carro e uma senhora foi multada em 100 euros, e até foi acompanhada pelo agente da PSP à caixa do multibanco, por estar a beber um café ao postigo de uma pastelaria. Eis, a eficiência do Estado em reprimir o cidadão comum!

PR Marcelo, Governo do senhor Costa do PS e todos os deputados da Nação são céleres e zelosos em defender os cidadãos no seu direito à saúde e à vida – é a bio-segurança na sua expressão máxima. Só que estes senhores esqueceram-se de uns poucos de cidadãos, que se encontram na primeira linha do combate à pandemia, aguentando, e sem se queixarem muito, turnos de 12 horas, retirada de folgas, não pagamento de horas extraordinárias e salários vergonhosos: os profissionais de Saúde.

Diz o Fernando Almeida, presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e coordenador da nova task-force da resposta à pandemia, depois de perorar sobre a testagem em massa sobre toda a população portuguesa, em entrevista a um periódico, diz que nada sabe em relação aos profissionais de saúde, desconhecendo se testagem regular será obrigatória ou não, atirando para cima do grupo de trabalho que analisa aquelas questões. Mas nós respondemos: os profissionais do SNS não são testados. E mais: não só não são testados como os directores de serviço e os enfermeiros chefes têm directivas para que não sejam testados, excepto se manifestarem sintomas ou se for a pedido do próprio. E quando é a solicitação do próprio, o enfermeiro chefe, e estamos a falar de enfermeiros e de auxiliares operacionais, pergunta logo: mas você tem sintomas?

Por aqui se vê que a preocupação pela saúde e pelo bem-estar dos trabalhadores da saúde e do povo português em geral é uma falácia, bem como pela saúde do próprio SNS que há muito passou a estar bastante doente. Se houvesse testagem aos profissionais da Saúde, os resultados seriam os mesmos que são encontrados na população em geral: muitos PCRs (falsos) positivos que, na realidade, não traduzem situações de doença efectiva, mas que levariam à quarentena de mais de metade dos trabalhadores do SNS e este teria de fechar a maior parte dos serviços e hospitais. Só por aqui se vê a falsidade dos testes, porque para se diagnosticar uma situação de infeccção, e qualquer médico ou enfermeiro sabem bem disso, é necessário pedir uma cultura e respectivo antibiograma.

Os ditos “testes rápidos” são outra fraude como se pode comprovar pelos resultados: em 82 mil testes feitos em população escolar, somente 80 testes positivos. Porque a massificação da testagem tem dois objectivos: um, manter a situação de (falsa) pandemia através de falsos positivos para justificar o confinamento da população saudável e a renovação do estado de emergência; dois, fazer prosperar o negócio dos testes, que irá já em muitos milhões de euros, com o enriquecimento de uns poucos, onde se incluem laboratórios, Cruz Vermelha, alguns médicos e muitos políticos, etc., à custa dos contribuintes, que, este ano, irão pagar mais IRS.

Não estando contente com a degradação das condições de vida e de trabalho de todos os trabalhadores do SNS, o Governo manda a DGS dizer aos profissionais de saúde que “devem recomendar a vacina aos utentes”, fazendo deles comissários políticos para a pandemia.

E o mais ridículo é que um dia destes eles serão vacinados por não técnicos de saúde, por exemplo, ajudantes de farmácia, porque não há enfermeiros suficientes para as exigências do contra-almirante, mas sem marinheiros, responsável pela operação de experimentação de vacinas feitas à pressa no povo português – serão necessários mais 2.500 enfermeiros para cumprir o plano de vacinação proposto até ao Verão.

Estas operações de testagem e vacinação massivas são feitas com o acordo de todos os partidos com assento na Assembleia da República, incluindo os mais à esquerda que apenas se mostram mais renitentes com a renovação (vamos na 14ª!) do estado de emergência, mas que aprovam o confinamento da população saudável como o método mais eficaz de impedir e eventualmente acabar com a transmissão do coronavírus. Assim como os sindicatos que pedem a vacinação (Covid-19: Fenprof diz que vacinação é passo importante para escolas não voltarem a fechar) estão com o Governo. Ainda estamos curiosos para ver como irão reagir os sindicatos dos enfermeiros, e até dos médicos, sobre a questão das vacinas serem administradas por técnicos que não são profissionais de saúde (um ajudante de farmácia é tão profissional de saúde como um ajudante de cozinha de um hospital).

Esta gente que se diz da saúde, a começar pelos médicos opinadores de televisão, esquecem-se ou não sabem que os vírus sempre fizeram parte da natureza e quando vêm para o nosso bioma, fazem-no num processo de adaptação ao hospedeiro – vivendo em hospedeiro, não o podem matar senão estão a suicidar-se e impedir assim a sua replicação – como este se vai adaptando, por sua vez, ao vírus reforçando o seu sistema imunitário. Hospedeiro e parasita fazem parte de um duo inseparável da natureza e da evolução: as mitocondrias que fornecem a energia a toda a actividade da célula eram bactérias que ficaram no nosso genoma.

Quanto à vacinação (as vacinas serão o negócio do século, daí os laboratórios não investirem em medicamentos e na cura das doenças, a favor das vacinas que irão ser obrigatórias todos os anos, para esta ou para outras pandemias que estão já na calha), não deixa de ser curioso ouvir, por exemplo, um bastonário da Ordem dos Médicos (um dos tais que é corresponsável pela degradação do SNS por acumular o público com o privado) defender a vacinação em massa e que as vacinas são seguras enquanto diz que em relação aos 240 médicos que não foram vacinados porque já tinham contraído a Covid-19 era “uma situação complexa”. Gente sem vergonha, é o mínimo que se pode dizer.

O Governo para convencer os portugueses a vacinar-se lança campanhas nos órgãos de informação e faz manuais sobre a Literacia em Saúde e Comunicação, sabendo que a vontade de o fazer não será assim tão grande: “mais de 37 % das mensagens enviadas por SMS para agendar a vacinação não tiveram resposta”, revelado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). E para ocultar a falta de eficácia das vacinas manda o diretor clínico do Hospital do Funchal, José Júlio Nóbrega, dizer que “a vacina para a covid-19 é como uma capa para a chuva: apenas evita o pior”, justificando a necessidade de se continuar a ter de usar máscara, depois de terem sido identificados naquele hospital 156 infectados com a primeira dose tomada e 17 com a segunda, das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca.

Quando esta dita “pandemia” passar, e irá passar como todas as outras, iremos ter um SNS mais em nome do que em realidade, o reforço do orçamento da Saúde será não para reforçar o SNS, mas para comprar serviços aos privados, como se tem atestado por inúmeros casos, sendo o mais recente, pelos menos do que se tem notícia, o do Hospital de Braga que contratualizou 11.360 cirurgias, para alegadamente reduzir listas de espera, cirurgias que irão ser feitas pelos profissionais que (não) trabalham no público para ir também para o privado, e as instituições contratadas vão das Misericórdias a hospitais privados – todos mamam. Será para perguntar: quanto receberão os administradores e conselheiros do hospital de Braga?

Para além da destruição do SNS, que ficará mesmo no osso – mas que não poderá acabar, porque matando o hospedeiro, o parasita não conseguirá sobreviver –, a privacidade dos cidadãos acabará com o “tratamento dos dados pessoais”, autorizado pelo último decreto do estado de emergência, aprovado pelo Parlamento e promulgado pelo Presidente da República, para, alegadamente, “a concretização de contactos para vacinação, entre os serviços de saúde e os serviços municipais ou das freguesias”. Ainda veremos funcionários camarários a administrar vacinas: “A Câmara Municipal de Cascais já desenvolveu contactos na Rússia, China e Israel no sentido de comprar vacinas anti-covid 19”.

Testes e vacinas, os grandes negócios do século! A saúde, os portugueses que se amanhem, ou têm dinheiro para ir ao privado ou morram para aí nem que seja a trabalhar (o Governo aprovou mais um mês no tempo de reforma, que será de 66 anos e sete meses em 2022)!

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