Os
auxiliares de acção médica fizeram nesta sexta-feira,
dia 25 de Janeiro, uma greve nacional com o objectivo principal de
“exigir o regresso da carreira de técnico auxiliar de saúde”,
carreira extinta em 2009 pelo governo do PS/José Sócrates.
Devemos
lembrar que foi com alguma facilidade que o PS levou a cabo esta dita
“reforma” das carreiras da Função Pública, a pretexto da crise
económica e, mais tarde, com a argumentação de ser uma exigência
da troika. Aproveitou-se do apoio eleitoral de uma grande parte dos
trabalhadores e, em particular, dos funcionários públicos.
Com
bem afirmou um dos dirigentes da FNSTFPS (CGTP-IN), a greve teve “uma
excelente adesão” a nível nacional. O que significa que a
grande maioria dos auxiliares de acção médica estão
profundamente descontentes e firmemente dispostos a levar a sua luta
até ao fim. A ver vamos se os dirigentes sindicais, especialmente os
mais responsáveis, estão com a mesma disposição. Prova que será
feita pela plena satisfação da reivindicação.
«Uma
excelente adesão ainda por cima com o ataque que houve aos serviços
mínimos nesta greve, que foram conciliados por um tribunal arbitral
e são serviços mínimos muito superiores às greves normais da
saúde para estes trabalhadores. Está a ser uma grande greve»,
frisou Sebastião Santana.
Com
a agravante de, em alguns hospitais, por exemplo no CHUC, haver
pressão por parte de alguns enfermeiros chefes e supervisores sobre os
trabalhadores para não fazer greve. Ainda não se percebe por que razão
os auxiliares
de acção médica estão
sob supervisão da direcção de enfermagem – é a mesma coisa de a
direcção médica dirigir os enfermeiros.
Os
auxiliares de acção médica (agora denominados de
“assistentes operacionais”, ou seja, pau para toda a colher),
para além de cumprirem um dia de greve, que deve ser repetido até
resultar no seu objectivo, tencionam ainda entregar um
abaixo-assinado com milhares de assinaturas no Ministério da
Saúde.
Mas,
para além da disfasia de compreensão da ministra, o
António Costa não está disponível para corrigir esta
situação, lembrando que, em reunião com a ministra da Saúde, já
dissera que trabalhadores indiferenciados na Função Pública são
mais baratos (635 euros para o resto da vida, já que não há
carreira!) – claro que as palavras não foram exactamente estas,
mas foram dar ao mesmo.
Não
se percebe o porquê do apoio do PCP e do BE ao governo?
Sem comentários:
Enviar um comentário