domingo, 27 de janeiro de 2019

Greve dos auxiliares de acção médica com adesão de 90%



Os auxiliares de acção médica fizeram nesta sexta-feira, dia 25 de Janeiro, uma greve nacional com o objectivo principal de “exigir o regresso da carreira de técnico auxiliar de saúde”, carreira extinta em 2009 pelo governo do PS/José Sócrates.
Devemos lembrar que foi com alguma facilidade que o PS levou a cabo esta dita “reforma” das carreiras da Função Pública, a pretexto da crise económica e, mais tarde, com a argumentação de ser uma exigência da troika. Aproveitou-se do apoio eleitoral de uma grande parte dos trabalhadores e, em particular, dos funcionários públicos.
Com bem afirmou um dos dirigentes da FNSTFPS (CGTP-IN), a greve teve “uma excelente adesão” a nível nacional. O que significa que a grande maioria dos auxiliares de acção médica estão profundamente descontentes e firmemente dispostos a levar a sua luta até ao fim. A ver vamos se os dirigentes sindicais, especialmente os mais responsáveis, estão com a mesma disposição. Prova que será feita pela plena satisfação da reivindicação.
«Uma excelente adesão ainda por cima com o ataque que houve aos serviços mínimos nesta greve, que foram conciliados por um tribunal arbitral e são serviços mínimos muito superiores às greves normais da saúde para estes trabalhadores. Está a ser uma grande greve», frisou Sebastião Santana.
Com a agravante de, em alguns hospitais, por exemplo no CHUC, haver pressão por parte de alguns enfermeiros chefes e supervisores sobre os trabalhadores para não fazer greve. Ainda não se percebe por que razão os auxiliares de acção médica estão sob supervisão da direcção de enfermagem – é a mesma coisa de a direcção médica dirigir os enfermeiros.
Os auxiliares de acção médica (agora denominados de “assistentes operacionais”, ou seja, pau para toda a colher), para além de cumprirem um dia de greve, que deve ser repetido até resultar no seu objectivo, tencionam ainda entregar um abaixo-assinado com milhares de assinaturas no Ministério da Saúde.
Mas, para além da disfasia de compreensão da ministra, o António Costa não está disponível para corrigir esta situação, lembrando que, em reunião com a ministra da Saúde, já dissera que trabalhadores indiferenciados na Função Pública são mais baratos (635 euros para o resto da vida, já que não há carreira!) – claro que as palavras não foram exactamente estas, mas foram dar ao mesmo.
Não se percebe o porquê do apoio do PCP e do BE ao governo?

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