quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Crianças portuguesas entre as que comem menos legumes e fazem pouco exercício


A OCDE preocupa-se com a obesidade das crianças portuguesas, iludindo que obesidade é muitas vezes sinónimo de sub-nutrição e não fala das crianças famintas em Portugal, é que a pobreza atinge predominantemente os estratos etários mais vulneráveis, os idosos e as crianças. No entanto, fica a notícia:


 
«OCDE preocupada com a obesidade entre as crianças portuguesas. E com a diabetes. Segundo o relatório, cerca de 7% dos adultos a viver nos Estados-membros têm esta doença. Em Portugal são 9,3%.


As crianças portuguesas surgem na 10.ª posição entre aquelas que comem mais fruta nos 28 Estados-membros da União Europeia. Porém, os vegetais são um calcanhar de Aquiles, a atirar os meninos portugueses para o 26.º lugar. Estes dados fazem parte de um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), publicado nesta quarta-feira, e são utilizados para perceber os hábitos de alimentação saudável nos vários países.

Apesar de Portugal estar bem posicionado nos adultos, a verdade é que o peso da obesidade nas crianças continua a ser fonte de preocupação para os autores do documento, até porque os meninos portugueses são dos que menos exercício físico praticam.

Mais de uma em cada quatro crianças tem excesso de peso na Áustria, Hungria e Portugal e mais de uma em cada três na Grécia e Itália

O relatório Health at a Glance: Europe 2016, apresentado em Bruxelas pelo secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, e pelo comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, indica que sete em cada dez portugueses comem fruta todos os dias, o que corresponde ao segundo melhor valor dos 28 países da União Europeia. No caso dos vegetais, à semelhança do que acontece com as crianças, a presença nos pratos é menor, mas mesmo assim conquistam cinco em cada dez pessoas o que coloca Portugal em 10.º lugar.

Concretamente na obesidade, Portugal surge apenas em 16.º lugar no que diz respeito aos adultos. No entanto, a tendência nos últimos anos tem sido de agravamento, sobretudo nas camadas da população com menores habilitações literárias. É, contudo, com as crianças que a OCDE está mais preocupada. "Mais de uma em cada quatro crianças tem excesso de peso na Áustria, Hungria e Portugal e mais de uma em cada três na Grécia e Itália", alerta o documento. Em média, 23% dos rapazes dos 28 Estados-membros têm excesso de peso. No caso das raparigas o valor é de 21%.

Portugal é o terceiro país com piores resultados e com uma tendência que contraria os restantes países: por cá, as meninas têm mais peso do que os meninos. O valor da obesidade nas raparigas ultrapassa os 30%, enquanto o dos rapazes fica pelos 25%. Já no relatório do ano passado a OCDE alertava para o número crescente de crianças obesas em Portugal, lembrando que se nada fizermos estas crianças vão crescer e tornar-se adultos obesos.

Texto completo

Imagem aqui

Sem comentários: