segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A má qualidade do ar causa 6700 mortes prematuras anuais


A má qualidade do ar causa 6700 mortes prematuras anuais, revela a associação ambientalista Zero, com base em estimativas de um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Agência Europeia do Ambiente.

A grande maioria das mortes, mais de seis mil, é provocada por elevadas concentrações das chamadas partículas finas, que tanto originam ou agravam doenças respiratórias e cardio-vasculares como levam também ao surgimento de problemas cancerígenos.

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"Há compostos que chegam até aos pulmões, provocando cancros que não são necessariamente pulmonares", descreve Francisco Ferreira, dirigente da Zero. "Há mesmo compostos poluentes que não são cancerígenos quando entram no organismo e que passam a sê-lo depois de metabolizados pelo fígado." Os grupos de risco são os habituais: idosos, crianças e aqueles que já padeciam antes de patologias deste género. O ozono mata mais 420 pessoas e o dióxido de azoto, que também causa estragos nas defesas do organismo, outras 150.

"À escala global, a poluição atmosférica mata mais do que os problemas de saneamento", diz o ambientalista. Em Portugal, acresce às estimativas divulgadas, que se baseiam em dados de 2013, que 2015 foi considerado um mau ano nesta matéria.

"Dados recentemente disponibilizados pela Agência Portuguesa do Ambiente e presentes no site qualar.apambiente.pt mostram que em 2015 houve um conjunto de ultrapassagens significativas de valores-limite da qualidade do ar, principalmente por comparação com o ano de 2014", explica a Zero em comunicado.

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