segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Grande marcha reivindica saúde pública em Madrid e contra a gestão de Ayuso: "A saúde não está à venda"

 

Os manifestantes expressaram sua rejeição ao plano de emergência extra-hospitalar da presidente Isabel Díaz Ayuso

A Delegação do Governo conta com 200.000 participantes, enquanto os convocadores a elevam para 670.000

Por Pilar Bayón (RTVE)

Madrid sai às ruas em defesa da saúde pública e contra o plano de saúde de Ayuso

Milhares de pessoas percorreram neste domingo algumas das principais ruas de Madrid agitando lenços brancos para denunciar o "estado crítico" da saúde pública na comunidade e manifestar seu repúdio ao plano de emergência extra-hospitalar da presidente Isabel Díaz Ayuso, e pedindo sua demissão.

"A saúde de Madrid está em estado crítico. Passamos dos aplausos da pandemia ao esquecimento", disse à RTVE.es Mónica, uma enfermeira que se deslocou a Atocha, vestida com uniforme e faixa, para se juntar a uma manifestação que considera "necessária". Ela garante que é uma das afetadas pelo novo plano do governo de Madrid e que recebeu às três da manhã, por e-mail, a notificação de seu novo destino: um centro onde não havia médico. "Temos profissões diferentes e complementares e não podemos oferecer a mesma assistência", indicou.

"A saúde não está à venda. Viemos para apoiar todo o pessoal de saúde", frisou, por sua vez, um diretor e um assistente administrativo que trabalham nos centros de saúde de Fuenlabrada e Villaverde e afirmam que "a saúde não é um negócio".

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Muitos cidadãos e pacientes também se juntaram à manifestação. "A saúde afeta a todos nós, sejamos de direita ou de esquerda. Lutamos pela nossa saúde e de nossos filhos e netos. Os trabalhadores da saúde trabalham muito e não há direito a esses maus-tratos", declarou Adela, que afirma que não há saúde pode ser usada como uma "arma política".

O protesto - que contou com mais de 200.000 pessoas, segundo a Delegação do Governo, e 670.000, segundo os organizadores – decorreu entre gritos de "Ayuso, renuncie" e palavras de ordem como "Pronto-socorro fechado, morte garantida" ou “Menos bandeiras e mais enfermeiras” ao som das batucadas que os acompanharam até à Praça de Cibeles. Ali terminou a mobilização iniciada a partir de quatro pontos - norte (Nuevos Ministerios), sul (Atocha), leste (Hospital La Princesa) e oeste (Opera) - e foi lido um manifesto para pedir que a "qualidade da saúde" volte a ser pública".

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