quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Número recorde: mais de quatro mil enfermeiros pediram para emigrar


No Público
Ordem dos Enfermeiros diz que subida é superior a 60% em relação a 2018. E fala em “número recorde” de pedidos de certificado de equivalência para exercer no estrangeiro. (no Público)
Eis um dos resultados da carreira de merda aprovada pelo governo no ano passado, com a aquiescência dos sindicatos, incluindo os recém-formados, embora o protesto formal. Na prática foi a aceitação e a impotência, razão pela qual os enfermeiros devem retomar a luta e criar outras organizações que os representem e defendam, ou, em remota alternativa tal é o controlo por parte das direcções (e o SEP é o melhor exemplo) renovar as direcções sindicais com gente mais capaz e determinada. Não deixa de ser notória a passividade da bastonária que se tem limitado a mandar umas bocas, talvez por não estarmos em ano de eleições. A luta é o único caminho que nos resta...
No Público:
«É “um número recorde”, afirma a Ordem dos Enfermeiros, de pedidos de declarações que lhes chegou no ano passado para efeitos de emigração. E bem acima de qualquer número desde 2010. No ano passado, os enfermeiros fizeram 4506 pedidos do certificado de equivalência para exercer no estrangeiro, um número que mais que triplica em relação a 2017 e representa um aumento de 64% face a 2018. (...)
Na nota à comunicação social enviada esta quinta-feira, a bastonária Ana Rita Cavaco diz que “este é um número preocupante, que diz muito sobre o estado da saúde em Portugal e, em particular, sobre a forma como os profissionais são tratados”. A ausência de contratação e as condições de trabalho são duas das questões que a bastonária considera que pesaram nestes números.
No estrangeiro, os enfermeiros têm a formação e a especialidade pagas, têm, efectivamente, uma carreira com diferenciação salarial, mas, acima de tudo, são reconhecidos e acarinhados”, afirma ainda Ana Rita Cavaco.
Embora nem todos os enfermeiros dêem indicação para que país pensam emigrar ou para o qual vão emigrar — esta informação não é obrigatória —, há quem o faça. E, segundo os dados disponíveis, Inglaterra continua a ser o principal destino, seguido de Espanha e Suíça. No comunicado, a Ordem fala da estimativa de mais de mil pedidos por ano que têm como destino o Reino Unido e salienta que “os Emirados Árabes surgem já no sexto destino preferencial, assim como vários países fora da Europa, como a China e o Qatar”.»

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