Contra
as demissões do IMESEF e a privatização da saúde pública!
No dia
18 de dezembro, iniciou-se o processo de demissão dos trabalhadores
da Atenção Primária em Saúde (APS) de Porto Alegre, que receberam
pela manhã a carta de demissão (aviso prévio). Seis dias antes do
Natal, os trabalhadores estão sendo demitidos em massa pela
prefeitura de Porto Alegre. No IMESF – Instituto Municipal de
Estratégia de Saúde da Família – fundação pública de direito
privado, que faz a gestão de 77 das 140 unidades de saúde na
cidade, todo o efetivo de trabalhadores está sendo demitido,
resultado do processo de terceirização, que não garante aos
trabalhadores condições de trabalho adequadas e estabilidade.
Os
trabalhadores a princípio vão ser contratados por 180 dias, mas não
há previsão de contrato para depois desse tempo. Enquanto isso, o
prefeito e seus vereadores aprovam a medida que aumenta seus
salários, demarcando mais uma vez qual é o compromisso do prefeito
e de sua base, longe de ser a de melhoria nas condições de vida dos
trabalhadores e trabalhadoras de Porto Alegre.
O
prefeito Marchezan afirma que cerca de 40% dos postos de saúde não
têm condições de serem mantidos abertos devido a sua condição
estrutural. Ora, que novidade! Sucatear para privatizar, essa sempre
foi a lógica dos que têm interesses no lucro, em detrimento dos
nossos direitos!
Entendemos
que este é mais um ataque ao SUS e que faz parte do desmonte e da
privatização da saúde pública. A extinção do IMESF resulta na
demissão em massa de 1840 trabalhadores da saúde de Porto Alegre,
dentre estes, a maioria são mulheres trabalhadoras! Colocar a saúde
pública na mão das Organizações Sociais de vez e contratar os e
as trabalhadoras com salários rebaixados e sob a nova legislação
pós Reforma Trabalhista parece bastante lucrativo aos capitalistas.
Devemos
reafirmar, portanto, que direito não se vende e que saúde não é
mercadoria! Não vamos aceitar qualquer tipo de privatização da
saúde nem a demissão de qualquer trabalhador pelos interesses
privados!
Exigimos
que os e as trabalhadoras do IMESF sejam admitidos como estatutários
imediatamente pela Prefeitura de Porto Alegre, com a preservação de
todos os seus direitos trabalhistas! A gestão da saúde e dos
serviços públicos deve ser direta e não terceirizada! A classe
trabalhadora não pode pagar a conta da crise que é dos banqueiros e
grandes empresários!
NENHUM
TRABALHADOR DEMITIDO!
NÃO
VAMOS PAGAR A CONTA DOS PATRÕES!
POR UM
SUS 100% ESTATAL, GRATUITO, DE QUALIDADE E DE GESTÃO DIRETA!
DIREITO
NÃO SE VENDE!
SAÚDE
NÃO É MERCADORIA!
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