terça-feira, 20 de março de 2012

A Greve Geral 22 de Março de 2012 será memorável



À semelhança dos “Precários Inflexíveis” o MOVES apela à mobilização de todos os enfermeiros, menos precários ou mais precários (somos todos precários), do SNS ou do privado, desempregados ou empregados, todos estamos na luta, na greve e/ou nas manifestações convocadas para as principais cidades do país. Este dia de luta terá significado e será consequente se resultar na mudança de política do governo, mudança esta que só será possível – e a experiência só aponta nesse sentido – se o governo for demitido. A Greve Geral Nacional do dia 22 de Março será memorável e ficará na história do movimento sindical português pela mobilização e pelo objectivo essencialmente político, como é o de todas as greves gerais. Contudo, a luta não ficará por aqui, esta será só o começo…

«A Greve Geral não é um momento de defesa corporativa, é antes um momento de afirmação geral, sobre as várias perspectivas das lutas que se juntam devido á austeridade agressiva. Neste dia, as organizações sociais e de trabalhadores que lutam pela democracia, pela justiça laboral e social, só podem estar abertas a todas as uniões e a toda a sociedade. É a responsabilidade máxima aquela que se exige a todos os que protagonizam a resposta social: só a democracia pode combater o autoritarismo da austeridade, é a democracia que reclama a mobilização e participação aberta, a união de todos os que à sua maneira, lutam do mesmo lado.

Não aceitamos ficar sem futuro! Por isso, enquanto organização, apoiamos e participamos a Greve Geral desde o dia anterior, 21, durante toda a noite nalguns dos mais determinantes piquetes de greve organizados e protagonizados pelos ativistas sindicais, mas também por todos aqueles que tiverem vontade e disponibilidade para juntarem a sua noite à noite de luta de tantos outros. Todos fazemos falta nos locais onde se organizam piquetes.

Depois, a partir das 14h30, estamos novamente juntos, precários ou não, temporários ou a prazo, estudantes ou bolseiros, em frente ao Teatro D. Maria II (no Rossio), para participar numa manifestação que parte do Rossio em direção a S. Bento e que contribui para dar força à greve, que lhe dá visibilidade e o espaço para que os trabalhadores e a população expressem na rua a sua vontade de mudança e alternativa.

Portanto, essa será a tarde em que todas as pessoas que se indignam perante a austeridade que nos rouba o futuro, poderão estar juntas, das 14h às 16h, até ao fim do dia, até que a força do conjunto possa envolver a cidade no protesto que culmina o processo da Greve Geral.»

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