quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Colonoscopias: um negócio que poderá chegar aos 10 milhões de euros este ano se continuar o aumento registado até agora.

                                                              Imagem in Público

Ou o grande negócio dos exames complementares de diagnóstico que o governo vai entregar ao privado em vésperas de eleições. Muito dos médicos que são sócios destes centros privados acumulam funções no SNS onde boicotam o funcionamento dos serviços de imagiologia com a conivência das administrações.

O mesmo terá acontecido com o aparelho de ressonância magnética da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, o único existente em meio hospitalar em toda a Beira Interior, que foi adquirido há mais de 2 anos e ainda não funcionou, encontrando-se no momento avariado. Para voltar a funcionar haverá que se gastar mais de 100 mil euros e a administração procura agora responsáveis pela sabotagem; uma sabotagem mais que evidente na medida em que alguém o desligou provocando a evaporação do hélio, gás sem o qual não funciona. Não será difícil encontrar o criminoso, basta ver quem ganha com a realização dos exames no privado, os doentes são obrigados a recorrer a serviços de imagiologia privados na Guarda e em Viseu.

Assim se percebe como se degrada e se desinveste no SNS para engordar o sector privado dos comerciantes da saúde. Ainda há pouco o representante dos hospitais privados veio botar faladura, na SIC (como não poderia deixar de ser, basta ser o Balsemão o senhor Bilderberg em Portugal e um dos responsáveis pela falência fraudulenta do BPP) sobre as virtualidade do privado em desfavor do público, só que o homenzinho ”esqueceu-se” de dizer que isso é feito à custa dos dinheiros públicos, que estão a ser transferidos para os negócios privados – gestão privada com dinheiros públicos, qualquer labrego o faz!

Colonoscopias: grande Lisboa passa de dois para 37 locais de exame
Contratos serão assinados na sexta-feira e entram de imediato em vigor, anunciou Ministério.
As entidades qualificadas para fazer colonoscopias na zona da Grande Lisboa passaram de duas para 37, informou hoje o Ministério da Saúde, explicando que os contratos são assinados a partir de sexta-feira e entram de imediato em vigor.

Em comunicado, o Ministério explica que concluiu na quarta-feira os concursos para a realização de colonoscopias, destinados a aumentar o número de entidades prestadoras do exame na zona da Grande Lisboa. Trata-se de "um aumento significativo da capacidade instalada" e a partir de agora as novas entidades prestadoras integrarão a rede de convencionados do Serviço Nacional de Saúde, diz o comunicado.

Em 2013 fizeram-se mais de 118 mil colonoscopias (exame por endoscopia do intestino grosso), que custaram mais de cinco milhões de euros. No ano passado houve um aumento de quase 30% de colonoscopias, que custaram mais de sete milhões de euros.
Em Junho passado, o ministro da Saúde tinha anunciado o concurso e esclarecido que os utentes que optarem por realizar as colonoscopias nos novos prestadores de serviços de saúde terão a opção de efectuar o exame com sedação.

De acordo com a Administração Central dos Sistemas de Saúde apresentaram propostas ao concurso 170 prestadores de cuidados de saúde, 16 só no distrito de Lisboa.
Num comunicado divulgado em Junho, a Administração Central lembrava que os utentes do Serviço Nacional de Saúde com uma credencial emitida pelos serviços e estabelecimentos de saúde públicos podem dirigir-se a qualquer uma das várias entidades que estão convencionadas com o Estado a nível nacional e aí realizarem as colonoscopias.

Retirado daqui

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