quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

"A minha mãe não morreu, mataram-na"



"A minha mãe não morreu, mataram-na" - David Gomes, filho da mulher de 51 anos que morreu à espera do medicamento para tratar a hepatite C, garante que vai pedir responsabilidades ao Estado e avançar para tribunal. (dn.pt|By Global Media Group)


José Carlos Saldanha, doente com hepatite C há 19 anos, ofereceu-se para pagar metade do tratamento. "Escrevi uma carta [ao ministro] a dizer que pagava metade do tratamento e nunca me respondeu".

David Gomes, o filho de Maria Manuela Ramalho Ferreira, que morreu de hepatite C à espera de medicação, esteve hoje na Comissão Parlamentar de Saúde para entregar um documento ao ministro onde ele, familiares e doentes de hepatite C pedem que se terminem com as mortes. "Vamos avançar para tribunal. A minha mãe não morreu, mataram-na. Há uma cura desde Janeiro de 2014 e em três meses podia ter ficado curada, alguém tem de ser responsabilizado", disse David Gomes ao DN. David refere mesmo que o pedido de acesso ao Sofosbuvir nunca saiu do hospital e que a mãe contraiu a doença há 20 anos, em intervenções médicas necessárias devido a complicações a seguir ao nascimento do filho.

Ao seu lado está José Carlos Saldanha, doente com hepatite C há 19 anos. Desde o dia 8 de Dezembro que espera a resposta do Infarmed ao pedido de autorização para receber o tratamento. "Estou no corredor da morte à beira de um carcinoma. Tenho uma filha de 12 anos e não quero morrer. Já propus ao ministro pagar metade do meu tratamento e nunca tive resposta. Este genocídio vai ter de acabar. Temos direito à vida e ao tratamento. A doença ganhou voz. Basta de mentiras", disse.

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