terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Enfermeiros: Pela criação de um estatuto oficial de profissão de desgaste rápido e atribuição de subsídio de risco



Petição dirigida ao Presidente da Assembleia da República, Ministra da Saúde e Ministro das Finanças

«Sabe-se de hoje em dia que o Stress e condições de trabalho adversas são as duas grandes premissas para a atribuição de estatuto de profissão de desgaste rápido e subsídio de risco em Portugal.

Sabe-se ainda que que este estatuto e respetivo subsídio se encontra atribuído às seguintes profissões: - Pilotos e controladores aéreos,  Mineiros e pescadores, Trabalhadores de call center, Polícias, Desportistas profissionais

Assim, e tendo em conta o contexto laboral profissional, solicita-se a atribuição deste mesmo estatuto e respetivo subsídio com base nos seguintes argumentos que concluem que nos Enfermeiros também o Stress e as condições de trabalho adversas estão presentes:

Pressão e Stress
Somos uma profissão que obriga a andar sempre de um lado para o outro e a lidar diariamente com uma elevada responsabilidade, a responsabilidade de lidar com vidas humanas... o stress de lidar com a doença, o nascimento, o envelhecimento e a própria morte! A pressão de trabalhar em contexto de emergência, urgência, cuidados intensivos, bloco operatório... onde a linha que separa a vida da morte muitas vezes não existe e o stress torna-se brutal! Mas é também no contexto dos cuidados de saúde primários, onde a prevenção e a atuação têm que ser uma constante que os Enfermeiros se sentem pressionados a dar o seu melhor... os cuidados continuados e os internamentos hospitalares são ainda valências onde se lida diariamente com a morte... em suma...
Os Enfermeiros trabalham sem duvida alguma em stress... e a Pressão e o cansaço aumentam os riscos de erro na medicação e limitam a própria prestação de cuidados.
(Ver http://www.ipv.pt/millenium/millenium28/18.htm )

Desgaste Emocional ou Físico
Desenvolvemos atividades cujas condições de trabalho são precárias e cuja remuneração pode e deve ser atualmente considerada baixa, podendo induzir-se assim um forte desgaste emocional. Somos uma profissão de grau de complexidade 3, mas presentemente o ordenado minimo já é superior a metade do nosso vencimento mensal! Temos um horário de trabalho preenchido, trabalhando sob forma de turnos, diurnos e noturnos com consequências além de emocionais, também elas físicas.
Está comprovado desde 2016 que um em cada cinco enfermeiros se sentem em exaustão emocional ! (Vide https://www.dn.pt/sociedade/um-em-cada-cinco-enfermeiros-sente-se-em-exaustao-emocional-5499660.html )

Condições de trabalho
Trabalhamos em condições de trabalho adversas: trabalhamos por turnos, trabalhamos muitas vezes de noite para dormir de seguida de dia, sem padrao de sono regular. Muitas das vezes somos poucos... o absentismo aumentou exponencialmente na profissão (ver https://observador.pt/2018/04/26/taxa-de-absentismo-de-enfermeiros-atinge-valor-historico-e-elevadissimo/) e com ele a necessidade de seguir turno fazendo se muitas vezes turnos consecutivos de 16 horas aumentando a carga horária e a insatisfação profissional...

Violência
Sabe-se ainda que os Enfermeiros são os profissionais mais agredidos no setor da Saúde (https://www.dn.pt/edicao-do-dia/07-jan-2020/quatro-por-dia-numero-de-agressoes-a-profissionais-de-saude-dispara-11676527.html ) bem como 60,2% já foram agredidos fisicamente e 95,6% verbalmente no seu local de trabalho (https://observador.pt/opiniao/agressoes-a-enfermeiros-a-realidade-e-bem-mais-negra/ )

(...) 
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