in Noticias de Aveiro
«A
greve dos motoristas de matérias perigosas, que cumpre esta
quarta-feira o terceiro dia, levou o Governo a avançar com uma
requisição civil e gerou uma corrida aos postos de combustível.
JN
A
greve foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias
Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o
reconhecimento da categoria profissional específica.
Na
terça-feira, gerou-se uma corrida aos postos de abastecimento de
combustíveis, deixando muitos deles esgotados e provocando o caos
nas vias de trânsito.
A
Associação Nacional de Revendedores de Combustível (ANAREC)
estimou hoje que cerca de 40% dos postos da rede nacional estejam
neste momento inativos ou em situação de pré-rutura de 'stock'.
Hoje,
o Governo admitiu alargar os serviços mínimos decretados e adiantou
que o abastecimento de combustível está "inteiramente
assegurado" para aeroportos, forças de segurança e emergência.
A
greve começou à meia-noite de segunda-feira, foi convocada pelo
SNMMP com o objetivo de reivindicar o reconhecimento da categoria
profissional específica e, segundo o sindicato, vai "prolongar-se
por tempo indeterminado até que as entidades competentes decidam
sentar-se à mesa para chegar a um consenso".
O
vice-presidente do sindicato, Pedro Pardal Henriques, disse à Lusa
que o que os motoristas reivindicam "é o reconhecimento da
categoria profissional, porque são considerados apenas trabalhadores
de pesados apesar de existirem diferenças [e de serem] obrigados a
ter formação especial", havendo ainda "riscos
suplementares".
Adicionalmente,
é exigido que cessem os pagamentos de ajudas de custo "de forma
ilegal", que levam a que os trabalhadores sejam prejudicados,
por exemplo, em momentos de baixa.
Pedro
Pardal Henriques adiantou ainda que as empresas "têm feito uma
pressão tremenda sobre estas pessoas", inclusive através de
ameaças de despedimento por pertencerem ao sindicato.
(…)
O
sindicato foi criado "há cerca de cinco meses" e
representa perto de 800 trabalhadores, de um universo de quase 900,
disse à Lusa Pedro Pardal Henriques.
A
estrutura sindical começou por ser uma associação mas, segundo a
mesma fonte, a ANTRAM entendeu que a mesma não tinha legitimidade
para negociar, o que acabou por levar à conversão da associação
em sindicato, explicou.
"Somos
totalmente independentes e não aceitamos ligar-nos a nenhuma
entidade sindical nem a nenhum partido político", sublinhou
Pardal Henriques, em declarações à Lusa na terça-feira.
Sem comentários:
Enviar um comentário