quinta-feira, 27 de abril de 2017

Epidemia de sarampo: umas das consequências das políticas austeritárias...

Desenho de Martirena

... e da destruição do SNS

É exactamente no mandato deste governo maravilhoso PS/Costa e ajudantes de campo PCP e BE, o governo que dizem que está a restituir aos trabalhadores portugueses os rendimentos que lhe foram indignamente roubados pelo governo pafioso PSD/CDS/PP, que deflagrou uma epidemia de hepatite A (199 casos confirmados), que as autoridades directamente responsáveis pelo sector dizem não controlar, e de sarampo (24 confirmados e 12 em investigação), uma doença benigna que produz auto-imunidade com relativa facilidade, tendo já provocado a morte de uma jovem e cuja responsabilidade é atribuída aos pais porque são anti-vacina. O governo não é culpado, o capitalismo e o aumento de exploração devido aos cortes austeritários também estão isentos de responsabilidade, em suma, o povo que adoece é que é culpado, quase criminoso que deve ser vacinado à força, é o discurso oficial, dos políticos, dos jornais e televisões corporativos e das ditas autoridades responsáveis.

No caso das contaminações e das mortes por legionella (375 pessoas afectadas e 12 mortes), ocorridas em Novembro de 2014, parece que a culpa irá morrer solteira, como já é habitual, e recentemente, há pouco mais de um mês, mais casos de infecção pulmonar pela legionella se verificaram no norte do país (10 pessoas afectadas na Maia) – viva o 25 de Abril! É do conhecimento geral, ou devia ser, que a montante de qualquer epidemia estão sempre as condições sociais e económicas das comunidades, vê-se que as pessoas infectadas ou mortas pela doença infecto-contagiosa pertencem geralmente a estratos sociais mais baixos, não se vê da família Espírito Santo nem nenhuma tia de Cascais; e isto não acontece por acaso. Foi graças à deterioração das condições de vida, de higiene e de trabalho, devido a pior alimentação, aumento dos horários de trabalho, salários mais baixos, e maior dificuldade no acesso aos cuidados de saúde de qualidade e em tempo útil, consequência da degradação do SNS, que se criou o terreno fértil a nível individual e colectivo para o surgimento e o alastrar da epidemia. O resto é conversa de treta para enganar o simplório, e de inteira responsabilidade do governo PS/Costa que, até nisto, imita o anterior.

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