sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Farmacêuticas cortam produção de medicamentos para quimioterapia por não serem lucrativos


A situação é considerada "muito grave" pelos profissionais de saúde


Agentes de quimioterapia como a ciclofosfamida, o 5-Fluoroucilo e a hormonoterapia tomaxifeno estão a transformar-se em medicamentos de "difícil aquisição, porque as farmacêuticas estão a desinteressar-se da sua produção, devido aos preços baixos. A notícia é avançada hoje em manchete pelo JN, segundo o qual a situação é classificada como "muito grave" pelos especialistas do setor.

O mesmo jornal adianta que as farmácias hospitalares já estão a recorrer umas às outras para compensar a escassez, sendo que alguns médicos estarão já a recorrer a terapêuticas mais caras ou a alternativas menos eficazes ou, pelo menos, com menos provas dadas.

O diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direcção-Geral de Saúde, Nuno Miranda, em declarações ao JN, fala em "problema muito grave", dado que muitos dos medicamentos em causa são insubstituíveis.

Também Fátima Cardoso, responsável do Programa de Investigação do Cancro da Mama do Centro Clínico Champalimaud, salienta que são "fármacos básicos necessários para cerca de 80% dos doentes oncológicos" e insiste que este é um tema que gera preocupação.

DN


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