terça-feira, 26 de julho de 2016

Auditoria de resultados ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar do Algarve, EPE

                                          imagem in blog "77colinas"

Resultado lógico da destruição do SNS para criar mercado para os lóbis do negócio da saúde privada, que só consegue subsistir se for anulada a concorrência do SNS, na sua máxima expressão deverá ser universal, geral e gratuito, e beneficiar dos apoios financeiros, directos ou indirectos, ou seja, PPP's ou ADSE's e outras convenções, por parte do estado. Em conclusão: piores acessos e cuidados de saúde para o povo português. Por outro lado, mais lucros para os privados à custa dos dinheiros públicos; a "poupança" é somente aparente.

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Caso 1: Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas:

«Articulada à luz do exame à resposta dada a um caso mortal de AVC, a auditoria realizada identificou falhas de organização e de procedimento na assistência ao doente que implicaram perdas de tempo de cerca de 15 horas relevando em especial:

O não registo, pelo INEM, de queixas relevantes apresentadas pelo doente, aquando da chamada de emergência [112], que pode ter implicado um atraso no atendimento em cerca de 6 horas. O registo completo da informação poderia ter resultado no seu encaminhamento direto para o Serviço de Urgência de Faro.

A não disponibilização atempada, pelo Centro Hospitalar, de transporte entre as urgências de V. Real de Sto. António e Faro, induzindo o doente a deslocar-se por meios próprios.

Tempos de espera excessivos na urgência de Faro: na triagem (25m); na observação clínica (01h30m); na realização de meios complementares de diagnóstico (03h30m).

Incumprimento dos procedimentos de acionamento da VIA VERDE AVC, que implicaram que o doente tenha sido observado com um atraso de 5 horas nesta unidade, após a triagem.

Incumprimento da rede de referenciação e demora na determinação do hospital de destino. Entre a decisão de transferir o doente e a escolha do hospital de destino, passou cerca de 01h00m.

Incapacidade de pronta mobilização de meios para o transporte do doente para o hospital escolhido, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE, por desarticulação com o INEM e com as empresas de transporte de doentes em outsourcing. Este processo demorou cerca de 04h00m.»

Texto completo em  Tribunal de Contas

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