terça-feira, 17 de maio de 2016

Hiperactividade ou Hiperdiagnóstico?


Por Bruno Santos (blog Aventar)

Mais de 5 milhões de doses de Metilfenidato (Ritalina) administradas a crianças em Portugal, para sossegar não o seu espírito, mas o daqueles que as querem sentadas, mudas e quietas.

Uma implacável lobotomização química e uma forma imbatível de tornar o consumo crónico, limitando definitivamente as possibilidades de desenvolvimento dessas crianças e assegurando uma renda volumosa a uma longa rede de interesses industriais, profissionais e políticos.
Talvez um dia se possa pensar em "descoisificar" a infância e legislar no sentido de tornar exemplarmente punível a violação dos direitos básicos e fundamentais estabelecidos em Declaração Universal a ela dedicada. Talvez só depois de os cães terem conquistado o direito de voto, pois se há coisa que uma sociedade decente deve ter é uma hierarquia civilizada de prioridades.

Retirado de Aventar

Ver também: Ritalina, a droga legal que ameaça o futuro

Com efeito comparável ao da cocaína, droga é receitada a crianças questionadoras e livres. Professora afirma: "podemos abortar projetos de mundo diferentes"
É uma situação comum. A criança dá trabalho, questiona muito, viaja nas suas fantasias, se desliga da realidade. Os pais se incomodam e levam ao médico, um psiquiatra talvez. Ele não hesita: o diagnóstico é déficit de atenção (ou Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade TDAH) e indica ritalina para a criança.
(...)

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