Umha jornada para a história das luitas populares a do dia 3 de setembro de 2015 em Vigo, pois nela decorreu umha das maiores manifestaçons dos últimos anos na Galiza, contra o Partido Popular e a sua destruiçom planificada do até há pouco exemplar sistema público de saúde galego.
Sindicatos,
junta de pessoal, coletivos de afetados por doenças crónicas diversas, forças
da esquerda social e política, coletivos juvenis, feministas e de todo o tipo
somárom forças para demonstrar que o povo galego quer preservar o direito
universal ao atendimento sanitário digno financiado com o dinheiro do povo
trabalhador e de caráter público. O contrário do que o governo criminoso do PP
está a aplicar sorrateiramente, cortando orçamentos, precarizando postos de
trabalho, entregando a gestom a empresas privadas e convertendo a populaçom
galega em clientes para a rendibilidade empresarial no setor sanitário.
Desde a
construçom de hospitais, até a manutençom, a reposiçom de materiais, a reduçom
de camas e outros recursos básicos, os estacionamentos com elevadíssimas
tarifas nos centros médicos, o desvio para consultas privadas devido ao colapso
das listas... um complexo sistema privatizador e destruidor de um direito
básico está a ser aplicado de maneira implacável pola direita espanhola
governante tanto na Junta da Galiza como no governo espanhol. O objetivo?
incorporar progressiva e plenamente a saúde pública ao mercado capitalista,
submetido à rendibilidade como princípio mercantil em maos de grandes empresas
financeiras que já estám a investir no setor e constituindo um incipiente
patronato empresarial que cada vez irá constituindo-se mais claramente em
lobby, como tem acontecido noutros países capitalistas.
Assim foi
denunciado esta quinta-feira à tardinha em Vigo, apontando diretamente em
cartazes e faixas ao presidente da Junta e à conselheira da Saúde como máximos
responsáveis polo desmantelamento do sistema público de saúde na Galiza. Os
acontecimentos no novo Hospital Álvaro Cunqueiro de Vigo, cuja gestom foi
privatizada, e que apresenta graves problemas de higiene e atendimento que já
causárom infeçons e umha morte, conduzírom à reclamaçom de demissom para Rocío
Mosquera, conselheira da Saúde no governo presidido por Feijó.
A mobilizaçom de
pessoal sanitário, administrativo, doentes e populaçom trabalhadora em geral
foi umha verdadeira afirmaçom coletiva do povo galego, se bem a continuidade
dos governos reacionários bloqueiam qualquer mudança e obrigarám, sem dúvida, a
incrementar a pressom popular contra o assalto capitalista ao direito universal
à saúde sem negócio.
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