sábado, 29 de agosto de 2015

Trabalhar mais de 55 horas semanais aumenta risco de enfarte em 33%, mostra estudo



Estudo com 528.908 homens e mulheres, seguidos durante 7,2 anos, mostra que o aumento do risco mantinha-se mesmo quando se retirava o consumo de cigarro e álcool e com a prática de actividade física.

Aqueles com jornada entre 41 e 48 horas tinham um risco acrescido de 10%, enquanto os que trabalham entre 49 e 54 horas enfrentavam risco extra de 27%

Trabalhar 55 horas ou mais por semana aumenta em 33% o risco de enfarte, quando se compara com uma jornada de 35 a 40 horas semanais, mostra estudo divulgado hoje (20).

Com base em investigações envolvendo 528.908 homens e mulheres, seguidos durante 7,2 anos, o aumento do risco de enfarte mantinha-se mesmo quando se retirava o consumo de cigarro e álcool e a actividade física.

Publicado pela revista The Lancet, o estudo conclui que, em comparação com pessoas que têm uma semana regular, aqueles que trabalham entre 41 e 48 horas tinham um risco acrescido de 10%, enquanto os que trabalham entre 49 horas e 54 horas enfrentam risco extra de 27%.

No caso de a pessoa trabalhar 55 horas ou mais por semana, o risco de enfarte aumenta 33%, indica o estudo.

Uma longa semana de trabalho também aumenta o risco de doenças cardíacas em 13%, mesmo levando-se em conta factores de risco como a idade, o género e o nível socioeconómico.

Os pesquisadores constataram que a baixa actividade física, o elevado consumo de álcool e o stress frequente elevam o risco.

“Os profissionais de saúde deveriam estar conscientes de que trabalhar longas horas está associado a um significativo aumento do risco de enfarte e, possivelmente, de doenças cardíacas”, diz ainda o estudo.


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