«O último dia
de Greve, que se realizou na Região Norte, teve uma adesão média de 71,5%
na área hospitalar, alguns Centros de Saúde sem Enfermeiros e muitos “a meio
gás”.
A “onda” de descontentamento dos Enfermeiros Portugueses, traduzida nos
níveis de adesão a estes 5 dias de Greve, evidencia a importância do Governo, através do
Min. Saúde:
- Apresentar Contrapropostas Negociais;
- Tomar algumas medidas imediatas, que visem a melhoria das nossas
Condições de Trabalho.
Ao longo destas
2 semanas fomos exaltando os Problemas, as Propostas de Solução e algumas
medidas imediatas que constam do Caderno Reivindicativo e fomos colocando nas
reuniões negociais, designadamente: (www.sep.org.pt)»
(Do comunicado do SEP).
Perante o
sucesso da greve (e deve dizer-se que o sucesso até é fácil basta os
enfermeiros grevistas declararem que asseguram serviços mínimos para não
perderem o salário já que acabam por fazer quase tudo), as administrações dos
hospitais resolvem proceder ilegalmente ao desconto dos dias de greve a quem assegura os serviços mínimos, como que uma vingança. E estamos a referir-nos mais concretamente à do CHUC (Centro
Hospitalar e Universitário de Coimbra) que, já pela segunda vez, procede ao
corte do salário aos enfermeiros e a outros funcionários grevistas que
asseguram os mínimos, procedendo previamente à alteração do registo biométrico; o que não deixa de ser grave por constituir crime, segundo o Código Penal, a falsificação de documento ou registo.
São os
enfermeiros chefes os primeiros que contactam os Recursos Humanos a indagar a
razão da mudança de “greve-assegurando mínimos”, registo por si efectuado, para
“greve total”, obtendo como resposta que foi “erro informático”; a mesma
resposta é dada a todos os enfermeiros que se dirigem àqueles serviços. É preciso
ter lata! O objectivo é claro, a administração conta que os enfermeiros não
dêem pelo corte dos dias da greve e se calem; espera que a coisa passe.
A outra razão
será a de intimidar, mas por aí não terão grande sorte. O corte que agora nos
referimos diz respeito à greve dos enfermeiros realizada nos passados dias 4 e
5 de Junho, logo dois dias, que multiplicados por muitas centenas senão milhares
de trabalhadores dá largas dezenas de milhar de euros.