terça-feira, 20 de janeiro de 2015

"Assassinada pelo gang que se senta nas cadeiras ministeriais"



O texto que se segue é de João Carlos Silveira, filho de Maria Vitória Moreira Forte, nascida em Idanha-a-Nova, no dia 10 de Fevereiro de 1925 e assassinada em Almada no dia 17 de Janeiro de 2015 (retirado daqui).

«Peço desculpa pelo que vou dizer mas ESTOU MUITO REVOLTADO!

A minha mãe acaba de falecer há uma hora e meia, no Hospital Garcia d’Orta e, depois de ter dado entrada cerca das 11:00 horas da manhã, só foi vista cerca das 20:15 horas, depois de inclusive eu ter participado de um Médico, para mim indigno da profissão que diz que professa e depois de muitas outras peripécias na Urgência deste Hospital!

Independentemente de todas as queixas que possa ter, de muitos “profissionais” que trabalham nesta Urgência, o culpado maior da morte da minha mãe é filho da outra senhora, que dá pelo nome de Pedro Passos Coelho e o gang dos seus lacaios!

Eu hoje vi de tudo naquela urgência… A título só de exemplo, à hora de almoço, as Voluntárias que davam sopa aos doentes em espera a certo ponto deixaram de dar, inclusive à minha mãe, porque já não tinham mais tigelas de plástico para servir sopa… Portanto, quando se acabaram as tigelas, acabou-se a sopa…

Independentemente de todas as queixas que possa ter, de muitos “profissionais” que trabalham nesta Urgência, a verdade é que são muito poucos para atenderem tanto doente… O Serviço de Saúde está uma miséria e o nosso querido filho daquela senhora, Coelho cada vez vive melhor!

Não há profissionais suficientes, não há material suficiente, não há camas suficientes, não há macas suficientes (um dos Bombeiros que levou a minha mãe esta manhã, ao chegar e ao mudar a minha mãe da maca da ambulância para outra maca, confessa-me que a outra maca também é dos Bombeiros de Cacilhas, que já lá têm algumas há vários meses, pois o HGO não tem macas suficientes…)

Como é possível que um conhecido que trabalha no HGO, cerca das 22:00 horas, ao tentar saber no sistema informático como estava o processo da minha mãe, tenha dado com a informação de que a minha mãe tinha tido alta à revelia do parecer do Médico, por vontade própria, com ela deitada numa maca, nos corredores da Urgência ligada ao oxigénio????

Como é possível que cerca das 00:00 horas, ao voltar para junto da maca, vindo da Sala de Espera (de estar a falar com o meu sobrinho) tenha dado com ela com dificuldades respiratórias e a senhora do lado me ter dito que já tinha chamada a atenção das Enfermeiras para isso e, que uma tinha ido lá abrir mais a pressão do Oxigénio, eu olho para o Manómetro da Botija e o mesmo estava a ZEROS e ninguém via que a botija já não tinha oxigénio nenhum???!!!

Estou revoltado, por tudo aquilo que passei, assisti e vivi hoje no HGO!!!

Como á possível que a Médica que atendia a minha mãe, cerca da meia noite, à 1:30 horas da manhã me dissesse:

- Olhe, a sua mãe não está bem para ir para casa mas também não a posso internar, pois não tenho camas disponíveis… Assim, vai ter que ir ficando por aqui…

Isto não é possível a não ser num país de Terceiro Mundo, ou num país governado por verdadeiros gatunos, que não têm compaixão por quem está a sofrer, por quem tem (fazia dia 10 de Fevereiro) 90 anos, por quem precisa de ser atendido quando chega ao Hospital, por isso vai a uma Urgência, e não mais de 8 horas depois…

É UMA VERGONHA!»

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