segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A crise aumenta também os casos de suicídio



Se ainda forem considerados os casos de mortes por doenças cardíacas e cérebro vasculares, temos que mais de metade das mortes tem causas económicas.

O ataque brutal da burguesia imperialista sobre os países europeus em crise além causar a degradação das condições de vida dos trabalhadores está provocando um aumento descomunal de suicídios. De acordo com os dados do INE (Instituto Nacional de Estatísticas) da Espanha, o número de suicídios disparou em 2012 em mais de 11% na comparação com o ano anterior, para mais de 3.500 casos. O fato da esmagadora maioria dos casos ter se concentrado na faixa etária de 25 aos 34 anos de idade reflecte o impacto do desemprego que atinge mais de 26% da população em idade de trabalhar, apesar da emigração.

O aprofundamento da crise capitalista levou também a que o número de falecimentos como um todo tenha crescido em 3,9% sendo que o crescimento demográfico se encontra praticamente estancado. Chama a atenção que a maioria das causas das mortes esteja relacionada com doenças do coração (30,3% do total) e cérebro vasculares 27,5%).

Nos demais países as taxas também são assustadoras. Os casos mais notórios foram constatados na Grécia, onde a taxa de suicídio aumentou 40% depois da crise económica. Enquanto em Espanha atinge 7,6 pessoas a cada 100 mil habitantes, na Grã-Bretanha é de 6,5, Portugal 8,5, Holanda 9,5, Alemanha 10,8, Japão 20,9 e Coreia do Sul 33,3.

(Retirado de "Diário da Liberdade")

Sem comentários: