quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

ACT considera todos os 400 enfermeiros da Saúde 24 falsos recibos verdes



A vitória anunciada ontem na RTP é de dimensão histórica. O resultado da inspecção da Autoridade para as Condições de Trabalho, declarando que todos os trabalhadores eram falsos recibos verdes, será a maior regularização contratual de que há registo. Esta História foi feita pela luta dos enfermeiros da Linha Saúde 24 que, perante todas as adversidades, chantagens, calúnias e ilegalidade, fincaram o pé e levaram até ao fim a sua reivindicação. É uma vitória para eles e para todas as trabalhadoras e trabalhadores precários neste país.

A história desta luta terá de ser registada com todo o detalhe. Foi a construção de uma luta sólida, consciente e esclarecida, que perante difíceis probabilidades, perante inimigos poderosos, entre os quais se contou não apenas a empresa LCS e os seus assessores de comunicação, mas também o Ministério da Saúde e a Direcção-Geral de Saúde, conseguiu ganhar a opinião pública e fazer prevalecer a justiça e a legalidade no Trabalho. É uma vitória para todos os trabalhadores precários, é uma vitória para a Saúde Pública, é uma vitória para todas as pessoas que trabalham. A Nova Lei Contra os Falsos Recibos Verdes, nº 63/2013, de 27 de Agosto será agora decisiva na regularização da situação dos trabalhadores. A empresa terá 10 dias, após a saída oficial do relatório da ACT, para regularizar a situação dos 400 trabalhadores. A Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis, que acompanhou as enfermeiras e enfermeiros desde o início, saúda este resultado, que não conclui esta luta mas que desfere um golpe decisivo nos defensores da ilegalidade e da precariedade.

resto do texto aqui

GOVERNO E TROICA VIOLAM DIREITOS HUMANOS - MARCHA S. BENTO – 27 DE FEVEREIRO – 18H 30



Portugal é cada vez mais uma sociedade dividida entre pobres e ricos, entre os que têm poder e influencia e os que sofrem as consequências da política da troica e da direita, entre os que acumulam benesses e riqueza e os que são desprovidos de direitos, entre os que têm dinheiro para aceder à saúde e educação e os que deles são excluídos.

Resto do comunicado

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A crise aumenta também os casos de suicídio



Se ainda forem considerados os casos de mortes por doenças cardíacas e cérebro vasculares, temos que mais de metade das mortes tem causas económicas.

O ataque brutal da burguesia imperialista sobre os países europeus em crise além causar a degradação das condições de vida dos trabalhadores está provocando um aumento descomunal de suicídios. De acordo com os dados do INE (Instituto Nacional de Estatísticas) da Espanha, o número de suicídios disparou em 2012 em mais de 11% na comparação com o ano anterior, para mais de 3.500 casos. O fato da esmagadora maioria dos casos ter se concentrado na faixa etária de 25 aos 34 anos de idade reflecte o impacto do desemprego que atinge mais de 26% da população em idade de trabalhar, apesar da emigração.

O aprofundamento da crise capitalista levou também a que o número de falecimentos como um todo tenha crescido em 3,9% sendo que o crescimento demográfico se encontra praticamente estancado. Chama a atenção que a maioria das causas das mortes esteja relacionada com doenças do coração (30,3% do total) e cérebro vasculares 27,5%).

Nos demais países as taxas também são assustadoras. Os casos mais notórios foram constatados na Grécia, onde a taxa de suicídio aumentou 40% depois da crise económica. Enquanto em Espanha atinge 7,6 pessoas a cada 100 mil habitantes, na Grã-Bretanha é de 6,5, Portugal 8,5, Holanda 9,5, Alemanha 10,8, Japão 20,9 e Coreia do Sul 33,3.

(Retirado de "Diário da Liberdade")