quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Taxas moderadoras, fim do SNS e demissão do governo



O aumento das taxas moderadoras nos hospitais públicos foi, entre outras, uma das principias medidas aplicadas pelo actual governo que irá contribuir para o fim do SNS, porque ao retirar utentes das urgências empurrou-os para os hospitais privados que poderão oferecer serviços mais baratos devido à existência de sub-sistemas e seguros privados, ou seja, beneficiam de aumento de oferta graças ao maior esforço contributivo dos cidadãos (seguros privados) e pelo financiamento indirecto do próprio estado (sub-sistemas tipo ADSE).

Para finalizar a obra, o próximo orçamento do estado (OE-2013) irá cortar 375 milhões de euros na Saúde, lá irão então novas admissões de pessoal, especialmente enfermeiros, ou a eventualidade de abertura de concurso para enfermeiro principal, expectativa que muitos enfermeiros ainda mantem, alheando-se um pouco da natureza das políticas deste governo.

Claro que os que vivem do negócio privado dos cuidados de saúde, grupos económicos, médicos e outros empresários parasitas dos dinheiros públicos, irão tentar esticar a corda o mais possível. Assim se percebe a atitude do presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, Teófilo Leite, que veio para os media afirmar que os hospitais privados podem deixar de fazer algumas cirurgias ao abrigo do programa de combate às listas de espera (mais 16 mil pessoas em 2011) no Serviço Nacional de Saúde, devido à diminuição de preços decretada no início deste mês.

Pouco provável que a ameaça se venha a concretizar pela razão de que o negócio para os privados não está seguro na medida em que, devido à crise, muitas famílias estão a acabar com os seguros privados, e muitos portugueses estão a deixar de comprar medicamentos e de fazer os tratamentos por óbvia falta de dinheiro. É que a austeridade está para ficar e irá aumentar de intensidade, estando também prometidos novos aumentos de impostos, privilegiando o aumento de IRS para os trabalhadores por conta de outrem que auferem rendimentos mais baixos e os funcionários públicos irão continuar sem os subsídios, apesar da promessa enganosa de restituição de um deles, e os trabalhadores do sector privado da economia irão ver um deles confiscado. Continuando o governo a afrontar a decisão do Tribunal Constitucional.

Um governo ilegítimo e tomando decisões ilegais deve ser de imediato demitido.

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