segunda-feira, 30 de abril de 2012

Amanhã o Precário e o Desempregado também saem à rua!


Via Precários Inflexíveis

"O MayDay é a resposta dos precários e das precárias que marcam presença no dia 1 de Maio.

Nasceu em Milão em 2001, espalhou-se por várias cidades da Europa e do Mundo. Em 2007, fizemos pela primeira vez o MayDay em Lisboa, com uma manifestação que juntou um grito de revolta contra a precariedade aos protestos do Dia dos/as Trabalhadores/as. Desde aí, não parámos: a luta contra a precariedade é urgente como nunca, precisamos de cada vez mais força para combater o infernal ciclo desemprego-trabalho precário. É um movimento aberto que quer discutir a precariedade, mas que sobretudo quer agir e enfrentar a situação actual.

A luta contra a precariedade é urgente, precisamos de cada vez mais força para a combater!

Na parada MayDay cabemos todos/as: mais novos/as e mais velhos/as, operadores/as de call-center, "caixas" de supermercado, bolseiros/as de investigação, intermitentes, desempregados/as, estagiários/as, contratados/as a prazo, estudantes que vivem ou pressentem a precariedade, pessoas que não se resignam.

Dia 1 de Maio pelas 13h estaremos no Largo de Camões, com comida, convívio, animação e intervenção para mostrar que não nos calamos e juntaremos a nossa força à força de todos/as os/as trabalhadores/as! Por volta das 15h partiremos em direcção ao Martim Moniz onde iremos integrar a manif da CGTP e rumaremos até à Alameda!

Não tenhas medo…Junta-te! O precariado não tem medo! MAY DAY, MAY DAY!"

quarta-feira, 25 de abril de 2012

"... Abriram os privados, têm de fechar os públicos...”



Numa das suas missas, o reverendo Marcelo (Rebelo de Sousa) não deixou de lançar mais uma das “inconfidências”, que geralmente intervalam com intriga (sem aspas), revelando conversas com “entidades privadas” (geralmente amigas do peito género Ricardo Salgado, patrão do BES) que lhe teriam sussurrado: “… Abriram os privados, têm de fechar os públicos…”.

Vem este introito a propósito do encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) em Lisboa por que acabou de abrir o Hospital de Loures, entregue à gestão privada do grupo BES Saúde, como seria de esperar, e cujo contrato prevê a realização de 1800 partos por ano. Ora, sabendo-se que, na área de Lisboa, há cerca de 13 mil partos por ano, a MAC realizou cerca de 5 mil em 2011, existem 4 grande unidades hospitalares públicas para realizar esses partos e que desde 2009 funcionam cinco hospitais privados dotados de serviços de obstetrícia e ginecologia, depressa se conclui que: para os privados abrirem, os públicos têm de fechar!

Mas não é apenas em Lisboa que este governo, pela mão do gestor-tecnocrata Macedo, pretende fechar importantes unidades do SNS. Em Coimbra, prepara-se o encerramento das duas Maternidades do Estado, M. Dr. Daniel de Matos (ex-HUC) e M. Byssaia Barreto (ex-CHC), com o argumento de “excesso de oferta” e aproveitando a junção dos dois centros hospitalares da cidade no recém CHUC (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), operação decretada ainda no tempo do governo PS. A pressa é grande, não se sabe bem aonde abrirá a “nova Maternidade” - se chegar abrir! - embora tudo indique que seja nas instalações, devidamente remodeladas para esse fim, do Bloco Central do Hospital Novo, e, ao que parece, onde presentemente funciona o Serviço de Psiquiatria Homens. No entanto, toda a gente se cala escudando-se na alegada falta de verbas, o que não impede que a comissão, formada para estudar o assunto, se tenha comprometido a apresentar o relatório final e respectiva proposta no próximo mês de Maio. Se não há dinheiro, como dizem, então qual a razão da pressa? A resposta é simples: vai abrir já para o princípio do mês, e a pouco metros do Hospital Novo, o novo e grande hospital privado Ideal Med – Unidade Hospitalar de Coimbra (será o maior de toda a região centro), dotado de todas as valências, incluindo – como não poderia deixar de ser! – a de… maternidade. Ou seja: "Abriram os privados, têm de fechar os públicos”!

Quanto à questão da junção dos serviços de Psiquiatria, também um “excesso de oferta” em Coimbra – existindo estes serviços no Hospital Novo, H. Sobral Cid e ainda no H. do Lorvão, cujo encerramento já foi decretado –, a dúvida prende-se agora como e onde alojar todos os doentes: se no Bloco Central ou no Bloco de Celas do Hospital Novo; ou, ainda, se o H. Sobral Cid fecha já ou fechará aos poucos? Mas, tudo leva a crer que a receita, já prescrita e a aviar dentro em breve para o Serviço de Urgências do H. dos Covões, será a mesma para a dita “reestruturação” dos serviços de Psiquiatria. A diferença é que os doentes desta especialidade são geralmente pessoas de menores recursos económicos, e o negócio, pelo menos quanto a internamentos, será menos apetitoso…

Ainda quanto ao negócio das maternidades, parece que muita gente se “esquece” que foi graças aos serviços públicos (SNS) e aos diferentes profissionais que aí trabalharam e trabalham, que, na sua maioria, colocaram o interesse da população acima das contas bancárias pessoais, e fizeram com que Portugal passasse, em 30 anos, de uma das mais elevadas taxas de mortalidade infantil para uma das menores (2,5 por mil), apresentando também dos mais elevados índices de qualidade em saúde na área materno-infantil da Europa e até do mundo, área onde os privados nunca conseguiram fazer concorrência. A não ser agora com a prestimosa política dos governos PS e PSD/PP, com este último a querer cortar 600 milhões de euros no financiamento do SNS.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Saúde "manu militari"

Manuel António Pina



Quatro anos depois, o dr. Francisco George, eterno director-geral de Saúde, está a convocar as tropas higieno-fascistas para a 2ª Cruzada Antitabagista, desta vez mobilizando também as brigadas anti-álcool (as próximas cruzadas já contarão com as brigadas anti-sal, anti-açúcar, anti-gorduras polinsaturadas, anticafeína, etc.), tudo sob o comando de um até aqui anónimo secretário de Estado da Saúde.

Parece que um estudo encomendado pela Direcção-Geral terá concluído que um em cada quatro portugueses morre prematuramente, "em parte devido ao tabaco" (a parte de mortes devidas à miséria, ao desemprego ou à fome não vem nas estatísticas do dr. George). Era do que secretário de Estado e director-geral precisavam para se sentirem no direito de se intrometer nas decisões pessoais, na vida, na casa, e até nos automóveis alheios.

Restaurantes e bares dirão adeus aos investimentos feitos e deixarão de poder ter espaços reservados a fumadores; até à porta será proibido fumar (e quem for a passar?, terá que mudar de rua?); serão proibidas máquinas de venda automática de tabaco (não há máquinas de venda de "cavalo" ou de "branca" e nem por isso é difícil obtê-los...); proibir-se-á fumar dentro de carros com crianças (haverá um inspector da ASAE dentro de cada carro?); quanto ao álcool, nem uma "mini" poderá ser vendida em bombas de gasolina ou após a meia-noite.

A estrela amarela ao peito ficará para mais tarde.

Retirado daqui

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Petição contra o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa



Para: Exmº Sr. Presidente da Assembleia da República, Exmº Sr Primeiro-Ministro, Exmº Sr Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa

Os abaixo assinados discordam em absoluto com o tão publicitado "provável encerramento" desta unidade hospitalar especializada em obstetrícia, ginecologia, pediatria e senologia.

Como utente da Mac nestas 3 valências, posso testemunhar o atendimento altamente qualificado e sobretudo personalizado que nos dedicam todos os técnicos: médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, psicólogos, técnicos de serviço social, administrativos e pessoal auxiliar.

É, para mim, impensável fechar um hospital com padrões de qualidade internacionalmente reconhecidos nas diversas áreas de actuação e que, num esforço continuado vai renovando o seu espaço, o seu equipamento e as suas técnicas para nos acolher, acarinhar e tratar.

Entendemos que a Maternidade Alfredo da Costa deve continuar a garantir a saúde global da mulher, a segurança na gravidez e no parto e o competente acolhimento do recém-nascido para a vida. E, continuar a cuidar - talvez na sua vertente menos conhecida- das utentes do foro da senologia e da ginecologia oncológica.

Ajudem-me a impedir que "estas notícias" se tornem realidade!

Os signatários

ASSINAR em PETIÇÃO

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Contra o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC)



Passaram-nos muitas coisas pela cabeça quando soubemos que queriam fechar a Maternidade Alfredo da Costa (MAC). Não há qualquer fundamentação legal ou de gestão financeira que o possa justificar que não passe pelo benefício directo do Grupo Mello e do seu novo hospital de Loures – mais uma ruinosa PPP. A violência deste encerramento criminoso, justifica toda e qualquer acção que possa fazer o governo recuar.

O que podemos fazer por enquanto é divulgar a convocatória para uma manifestação na próxima 3ªFeira, dia 10 de Abril, às 19h30:

O Governo anunciou o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC). Esta unidade é a maior e a mais especializada do país na prestaçao de cuidados ao nível da saúde da mulher e da neo-natologia, sendo aqui que se realizam o maior número de partos.

O seu encerramento ou desmantelamento é um erro, com graves prejuízos para as populações do distrito de Lisboa, tanto no acesso e na qualidade dos serviços do SNS.

Quem beneficia com esta política é o novo Hospital de Loures, uma PPP ruinosa atribuída ao grupo Mello.

Porque não aceitamos a decisão de encerrar ou desmantelar os serviços da Maternidade Alfredo da Costa e defendemos a qualidade do SNS, vamos dar um Abraço à MAC, dia 10 de Abril (terça-feira), às 19h30″.


Lá estaremos na 3ª Feira, ainda que não tenhamos dúvidas que só se vencerá esta luta se todos os trabalhadores da MAC forem determinados e unirem-se às lutas do povo pela defesa do SNS... luta que indubitavelmente passará pelo derrube deste governo.

Os enfermeiros estão em massa com a luta dos trabalhadores da MAC!

Ler: Quanto valerá o terreno da Alfredo da Costa?