sábado, 6 de fevereiro de 2010

Manifestação de trabalhadores do Estado junta milhares


Muitos milhares de trabalhadores da função pública manifestaram na capital o seu profundo descontentamento pelas medidas impostas, e a implementar no quadro do OGE-2010, pelo Governo Sócrates/PS. Os trabalhadores não aceitam o congelamento dos salários, a diminuição das pensões de reforma e um sistema de avaliação que apenas visa a promoção da subserviência e do afilhado do chefe.

Uma manifestação que terá unido os diversos sectores profissionais da Administração Pública, mas, pelos relatos, terá mobilizado essencialmente os trabalhadores das carreiras gerais, nomeadamente os pertencentes à Administração Local. Parece ser uma pecha dos sindicatos da Função Pública promoverem manifestações e greves que não unem, ou pelo menos de forma entusiástica, todos os sectores de trabalhadores. Aliás, para o dia 5 de Fevereiro foi feito pré-aviso de greve, mas os sindicatos não a publicitaram, terão feito greve apenas e só os trabalhadores que foram à manif, razão pela qual não referem sequer a taxa de adesão à mesma.

O secretário de Estado da Administração Interna não perdeu tempo a vir dizer que o Governo não irá ceder e lamenta que os sindicatos (Frente Comum) continuem a ter um discurso “passadista e retrógrado”. Ou seja, o Governo sabe que esta manifestação é inócua e que mais um ou dois dias greve que a Frente Comum irá convocar não passam de fogo-fátuo. Foi assim no passado, especialmente na vigência do anterior governo, e no futuro não será diferente. O povo costuma dizer que “cão que ladra não morde” e o mal dos nossos sindicatos é falarem muito e actuarem (a doer) pouco.

Perante a situação de intransigência de Sócrates, haverá apenas uma alternativa: GREVE GERAL pelo tempo que for necessário e manifestações tantas quanto necessárias, nem que seja diárias, até à cedência do Governo ou então… o seu derrube – Sócrates tem-se mostrado um pequeno ditador, mesmo agora em minoria, tentando destruir todos os que se lhe opõem, veja-se o caso mais recente “Mário Crespo! A não ser assim, após a aprovação do Orçamento, tudo ficará como o Governo entendeu ficar, aliás, a exemplo do que aconteceu no passado.

Basta de serem os mesmos (os trabalhadores) a pagar a crise dos outros (banqueiros, empresários e afins). Não foram os trabalhadores que contribuíram para o aumento do défice das contas públicas que em dois anos passou de 2,6% para 9,3% do PIB!
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